Indicadores-chave para alcançar excelência operacional na indústria de celulose e tissue

A indústria de celulose e tissue opera sob pressão constante com uma alta demanda, necessidade de eficiência energética e exigência por sustentabilidade. 

Um rolo de prensa com desgaste excessivo, um motor de refinação com falha de rolamento ou uma válvula de controle emperrada durante a secagem são exemplos de problemas que, fora do planejamento, param toda a linha de tissue ou interrompem o fluxo de produção da celulose. 

Para evitar esse tipo de problema, é preciso ter uma medição confiável e precisa. Indicadores de desempenho são a base para começar qualquer estratégia de melhoria. Eles traduzem o que está acontecendo no chão de fábrica, revelam gargalos ocultos e direcionam a tomada de decisão com base em dados. 

Veja quais são esses indicadores, por que eles importam e como aplicá-los de forma estratégica no setor de celulose e tissue. 

INDICADORES-CHAVE PARA A EXCELÊNCIA OPERACIONAL 

Conheça os principais KPIs que orientam uma gestão operacional de alta performance na indústria de celulose e tissue: 

  • Disponibilidade Operacional 

Esse é um dos indicadores mais críticos do setor. Ele mede o tempo em que um ativo esteve realmente disponível para operar, em relação ao tempo total planejado. 

Em plantas de celulose com digestores, refinadores e secadores operando em sequência, qualquer parada não planejada interrompe o processo contínuo de polpação, afetando desde a etapa de cozimento até a secagem da folha. 

  • MTBF e MTTR 

O MTBF (Mean Time Between Failures) indica o tempo médio entre falhas. Quanto maior, melhor.  

Já o MTTR (Mean Time to Repair) revela o tempo médio necessário para corrigir uma falha. Nesse caso, quanto menor, mais eficiente é a resposta da equipe de manutenção. 

 

A combinação desses dois indicadores ajuda a entender se os ativos são confiáveis e se os processos de manutenção estão sendo executados com agilidade e precisão. Em linhas de tissue, onde o material é leve, sensível e de alto volume, cada hora parada pode causar perdas de bobinas inteiras, falhas de enrolamento ou danos em sistemas pneumáticos essenciais. 

  • Eficiência Global dos Equipamentos (OEE) 

OEE é um indicador composto que avalia três pilares: disponibilidade, desempenho e qualidade. Ele mostra, de forma integrada, o quanto a máquina está entregando em relação ao seu potencial máximo. 

Em fábricas de tissue, o OEE permite identificar se as perdas estão ocorrendo por velocidade reduzida da rebobinadeira ou por paradas curtas na mesa formadora. Já na celulose, ajuda a medir se a qualidade final da polpa está sendo afetada por variações na eficiência da lavagem ou prensagem. 

  • Backlog de Manutenção 

Esse indicador revela a quantidade de ordens de serviço pendentes. E, mais importante, há quanto tempo estão abertas. Um backlog desorganizado significa acúmulo de tarefas críticas, decisões reativas e risco de falha iminente. 

Em plantas de celulose com grande número de ativos rotativos e periféricos, como bombas de vácuo, transportadores e peneiras, um backlog desorganizado pode esconder riscos que comprometem a produção contínua.  

No tissue, afeta diretamente a disponibilidade das linhas conversoras e de embalagem. 

  • CMF – Custo de Manutenção sobre Faturamento 

Mostra quanto da receita está sendo consumida pela manutenção. É um indicador direto da eficiência financeira da área técnica. Quando esse valor ultrapassa o patamar aceitável, é sinal de que os custos estão desproporcionais ao retorno gerado pela operação.  

Em unidades com linhas contínuas, como as de tissue, onde cada parada afeta diretamente o volume produzido, o CMF ajuda a entender se os investimentos em manutenção estão equilibrados com a geração de valor da operação.  

Acima de 3% a 4%, é comum que plantas de tissue avaliem a terceirização de parte da manutenção corretiva ou revejam planos de inspeção em linhas críticas, como rebobinadeiras e cortadeiras. Já em celulose, esse número geralmente acende alertas para o excesso de intervenções corretivas em refinadores ou digestores. 

  • CPMV – Custo de Manutenção sobre Valor de Reposição 

Mais comum em operações de celulose, onde os ativos são robustos, complexos e com ciclos longos de vida útil, esse indicador revela o quanto se gasta para manter os equipamentos em funcionamento, em comparação ao custo de substituição.  

Em celulose, o CPMV orienta decisões como a substituição de redutores de esteiras alimentadoras, atualização de painéis elétricos de linhas de lavagem ou retrofit completo de bombas de extração de licor. São investimentos de alto impacto que precisam estar sustentados por dados. 

TRANSFORMANDO INDICADORES EM AÇÕES ESTRATÉGICAS 

A excelência operacional começa com o acompanhamento dos indicadores certos, mas é a tecnologia que transforma essas métricas em resultados.  

Quando um refinador dá sinais de degradação ou uma linha de tissue apresenta queda de eficiência, a resposta precisa ser rápida, baseada em dados e priorizada com precisão. É nesse cenário que soluções como IA, sensores preditivos e sistemas CMMS atuam como aceleradores. 

Com uma plataforma CMMS integrada ao monitoramento preditivo, sua planta de tissue pode reduzir paradas nas linhas de embalagem e aumentar a eficiência da rebobinadeira. Na celulose, é a base para reduzir backlog em áreas como secagem, transporte de cavacos e recuperação química. 

A Tractian, por exemplo, atua como um verdadeiro copiloto industrial com monitoramento contínuo que reduz o tempo de resposta às falhas, além de um sistema de gestão de ativos que garante que as ordens de serviço estejam sempre alinhadas com a criticidade dos seus equipamentos. 

Isso significa menor downtime, melhor alocação de recursos, aumento da confiabilidade e uma operação mais previsível — mesmo com equipes enxutas. 

Veja como um CMMS pode transformar a gestão de ativos da sua indústria e ajudar a sua fábrica a manter controle sobre indicadores-chave. 

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