A Polícia Federal revelou um esquema de fraude que já movimentou mais de R$ 2 bilhões no Brasil. O golpe, centrado em contas do FGTS e do seguro-desemprego, usava dados vazados de beneficiários de programas sociais e explorava falhas no sistema do aplicativo Caixa Tem.
O Fantástico exibiu no domingo (20) detalhes da operação, destacando a participação de funcionários da Caixa Econômica Federal, que forneciam informações sigilosas aos criminosos e até realizavam saques para a quadrilha.
Como o golpe do FGTS é aplicado na prática
A fraude começa com a obtenção ilegal de CPFs e dados pessoais em páginas clandestinas da internet. A partir disso, os criminosos identificam quem possui saldo no FGTS ou benefícios ativos e contam com o apoio de funcionários da Caixa para alterar os cadastros dessas vítimas no app Caixa Tem.
Ao trocar o e-mail registrado, o grupo passa a controlar a conta da vítima. Com nova senha gerada, eles movimentam os valores via Pix, pagamentos de boletos ou saques.
Software simula celular e facilita acesso a milhares de contas
Para escalar o golpe, os criminosos utilizavam um programa que faz um computador agir como se fosse um celular, permitindo controlar simultaneamente centenas de contas no Caixa Tem. O esquema exigia alto volume de acessos diários para manter os desvios.
Polícia Federal e Caixa prometem reforço na segurança
Segundo o delegado Pedro Bloomfield, é essencial fortalecer os setores antifraude da Caixa para evitar novos casos. A instituição informou que está investindo em ferramentas de biometria e inteligência artificial para prever e conter ações suspeitas.
Os funcionários envolvidos foram desligados e os membros da quadrilha respondem ao processo em liberdade.
O que fazer se for vítima de fraude no Caixa Tem
Caso perceba movimentações indevidas, o beneficiário deve procurar uma agência da Caixa ou entrar em contato pelos canais oficiais, como o número 0800 726 0101. Registrar boletim de ocorrência e bloquear o aparelho celular em caso de roubo também são medidas recomendadas para proteger os dados e impedir novos golpes.
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