Após retirar mais de 200 câmeras do Centro, Martini ganha cargo na Prefeitura

A vice-prefeita Cris Samorini, o prefeito Lorenzo Pazolini, Eugênio Martini, o vereador Armandinho Fontoura e o secretário de Governo Erick Musso
A vice-prefeita Cris Samorini, o prefeito Lorenzo Pazolini, Eugênio Martini, o vereador Armandinho Fontoura e o secretário de Governo Erick Musso. Foto: Reprodução/PMV

O comerciante Eugênio Martini, que retirou mais de 200 câmeras de videomonitoramento instaladas por ele no centro de Vitória há um mês, foi nomeado para o cargo comissionado de Gerente da Central de Serviços da Prefeitura de Vitória nesta quinta-feira (24).

O convite para assumir a função foi feito diretamente pelo prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e o anúncio ocorreu nesta manhã durante agenda institucional. Estavam presentes a vice-prefeita Cris Samorini, o secretário de Governo Erick Musso e o vereador Armandinho Fontoura (PL).

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Nas redes sociais, o mandatário deu as boas-vindas ao novo gerente e disse que o comerciante chega à administração para “fortalecer ainda mais o nosso time e aprimorar o atendimento à população”.

O cargo é relacionado à zeladoria urbana, manutenção de espaços públicos, como ruas, praças e calçadas, e articulação com comerciantes e moradores.

Repercussão do caso

O sistema de videomonitoramento privado promovido por Martini no centro de Vitória foi interrompido após uma ação ter sido apresentada ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pelo ex-vereador André Moreira (Psol).

As câmeras, como contou o comerciante ao Folha Vitória, estavam presentes na região há mais de 15 anos. Segundo ele, os equipamentos ajudavam a inibir furtos e colaboravam para a segurança da região.

Na Câmara Municipal, o caso repercutiu e resultou até em projeto de lei com o nome do comerciante. A proposta, no entanto, foi barrada por ser inconstitucional.

O vereador Armandinho chegou a defender Martini e a atuação dele, tida como uma medida de “segurança pública”.

Já Moreira explicou que a ação civil pública foi instaurada após a reclamação de moradores do Centro da Capital. Segundo ele, a situação é ilegal, pois apenas os órgãos do Poder Público podem instalar câmeras de segurança nas ruas.

A EDP informou que não processou o comerciante e que não há nenhuma medida contra ele no âmbito jurídico.

A Prefeitura de Vitória foi procurada para esclarecer se Martini possui conhecimento técnico para assumir o cargo e justificar a escolha do nome, mas não respondeu até o momento desta publicação. A matéria será atualizada.

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