* Artigo escrito por Luiz Cláudio Victor Rodrigues, gerente de Projetos da Cesan
O saneamento básico é um direito fundamental e um dos pilares para o desenvolvimento social, econômico e ambiental de qualquer região.
Entre os seus componentes, está o esgotamento sanitário, que tem um papel crucial na promoção da saúde pública e na preservação dos recursos hídricos.
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Ainda assim, milhares de imóveis em todo o país permanecem desconectados da rede coletora existente, o que gera sérias consequências para a qualidade de vida e para o equilíbrio ambiental.
Conectar-se à rede de esgotamento sanitário não é apenas uma obrigação legal. É um ato de responsabilidade coletiva.
Quando um imóvel é ligado à rede, os resíduos gerados deixam de ser lançados diretamente em fossas, valas, rios ou mares.
Eles passam a seguir um caminho estruturado e seguro: são coletados e transportados até Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), onde passam por diversas etapas de depuração antes de serem devolvidos ao meio ambiente com qualidade compatível com os padrões estabelecidos.
Essas etapas de tratamento são tecnicamente projetadas para remover matéria orgânica, microrganismos e outros poluentes que, se descartados de forma inadequada, comprometem o solo, os lençóis freáticos, os corpos d’água e, consequentemente, a saúde da população.
Além dos impactos na saúde, o despejo irregular de esgoto também compromete atividades econômicas importantes, como o turismo e a pesca, e ameaça a biodiversidade aquática.
Por outro lado, a coleta e o tratamento corretos do esgoto contribuem para a recuperação de rios e praias, tornam os ambientes mais seguros e propícios ao lazer e valorizam os imóveis conectados.
Essa tem sido uma realidade no Espírito Santo. Com os investimentos feitos pela Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan), a cobertura de esgotamento sanitário tem crescido ano a ano, permitindo que mais capixabas tenham acesso ao serviço.
Mas é importante reforçar que o investimento público na expansão das redes de esgoto só alcança sua plena eficácia quando acompanhado da adesão da população.
Por isso, é fundamental que cada cidadão, empresa ou instituição faça sua parte e regularize a ligação do seu imóvel à rede quando o serviço estiver disponível. Muitas vezes, a estrutura já passa na porta e falta apenas a conexão.
O caminho da sustentabilidade e da saúde passa por atitudes conscientes. Conectar-se à rede de esgotamento sanitário é contribuir com um ciclo virtuoso que beneficia todos: do morador da cidade ao produtor rural, do banhista ao pescador, das gerações atuais às futuras.
É um passo essencial para garantir que nossos rios e mares continuem sendo fontes de vida, e não destinos de poluição.
