Saiba como funciona a ‘pílula de Ozempic’ de uso diário que deve substituir a injeção em breve

Pílula de Ozempic

Pílula de Ozempic pode ser alternativa mais barata e indolor – Foto: Reprodução/ND

Uma pílula para emagrecer que atua de forma semelhante ao Ozempic apresentou resultados promissores em um grande estudo clínico. O medicamento, chamado orforgliprona, ajudou pacientes com obesidade e diabetes tipo 2 a perderem em média 7,3 kg em 10 meses, além de melhorar os níveis de açúcar no sangue.

A ‘pílula de Ozempic’ é fabricada pela farmacêutica Eli Lilly and Company, a mesma responsável pelas injeções Mounjaro e Wegovy, também usados para a perda de peso.

Pioneiro na eficácia

O comprimido é o primeiro do tipo, um agonista do receptor GLP-1 em forma oral, a atingir esse estágio avançado de eficácia.

A empresa espera que o remédio seja aprovado para uso amplo, incluindo no sistema público de saúde do Reino Unido.

Ozempic

Pílula pode ser alternativa mais barata à injeção – Foto: Shutterstock/Reprodução/ND

Segundo o CEO da empresa, David Ricks, a “pílula de Ozempic pode ser uma opção acessível e de fácil produção em larga escala”.

Os resultados da pílula de Ozempic

O estudo envolveu 559 pessoas com diabetes tipo 2 e mostrou que as maiores doses do medicamento (36 mg) levaram a uma perda de peso corporal de 8%.

Doses menores também geraram bons resultados: 6% com 12 mg e 5% com 3 mg. Já o grupo que tomou placebo perdeu apenas 1,6% do peso.

A orforgliprona funciona como outros medicamentos da classe GLP-1: imita hormônios que avisam o cérebro quando o estômago está cheio, diminuindo o apetite e melhorando o controle da glicose.

Efeitos colaterais e futuro da pílula de Ozempic

perda de peso

Medicação engana o cérebro e provoca perda de peso – Foto: Freepik/Divulgação/ND

Os efeitos colaterais mais comuns foram diarreia, náuseas e indigestão, semelhantes aos observados com as injeções.

Apesar de a perda de peso ter sido um pouco menor que a obtida com os medicamentos injetáveis, os especialistas apontam que o tempo do estudo foi curto, e que o comprimido pode ser ainda mais eficaz com o uso prolongado.

Se aprovado pelas agências reguladoras, o comprimido pode se tornar uma alternativa mais prática para quem busca tratamento para obesidade e diabetes tipo 2, com o potencial de democratizar o acesso à medicação ao dispensar as injeções.

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