Novo Porsche Panamera exala luxo por R$ 1 milhão, mas é a mecânica que faz dele diferente; veja o teste


Sistema de amortecimento inteligente, que sozinho custa quase R$ 60 mil, muda completamente a experiência a bordo do sedã. Vídeo mostra como funciona o opcional. Porsche Panamera: suspensão de R$ 57 mil transforma qualquer motorista em piloto
O novo Porsche Panamera chega às lojas na casa do R$ 1 milhão, trazendo tudo o que um consumidor de caro de luxo tem direito: esportividade, requinte e tecnologia. Mas o que há de realmente novo é um sistema de suspensão ativa inigualável, e que custa R$ 57 mil a mais.
O preço pode ser um detalhe para um carro que tem preço inicial de R$ 850 mil, mas o sistema de amortecimento inteligente, que responde a cada milissegundo aos comandos do motorista, muda completamente a experiência com este sedã de mais de cinco metros de comprimento.
O g1 testou duas unidades do Panamera na pista de um autódromo, e a diferença entre a versão comum e a equipada com o opcional Porsche Active Suspension Management (PASM) é brutal. Confira as primeiras impressões sobre o carro.
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O sistema de suspensão ativa aumenta a altura do carro em até 5,5 centímetros
Divulgação | Porsche
Suspensão ativa
A suspensão a ar com gerenciamento ativo do Porsche Panamera custa R$ 57.464. Com os faróis LED Matrix de 32 mil pixels, que custam R$ 16.753, o preço final do carro testado pelo g1 chega a R$ 1.044.217.
Comparar um Panamera com e sem o PASM revela uma diferença enorme. O sistema transmite tanta confiança que encoraja o motorista a entrar mais rápido nas curvas, até que os pneus não aguentem mais e comecem a cantar.
O controle de rolagem da carroceria e o assistente ativo para curvas fazem o Panamera rodar como se estivesse em uma estrada alemã, mesmo em curvas fechadas de um autódromo a 90 km/h.
O Porsche Panamera ajusta automaticamente a inclinação da suspensão em até três graus no sentido contrário ao da curva, compensando o balançar da carroceria. Por exemplo, em uma curva à esquerda, a suspensão ativa infla as bolsas do lado direito para equilibrar o peso do veículo.
Embora os passageiros ainda sintam a força G, as curvas ficam mais suaves e o carro permanece sob controle total do motorista. Impressiona até os mais experientes o quanto o veículo não adorna nas curvas.
Firme e com uma segurança impressionante, virando o volante de um lado para o outro, entrando certo ou errado na curva, o Panamera faz o que é pedido. A sensação é de estar guiando um carro menor do que ele realmente é.
O mesmo ajuste ocorre durante frenagens e acelerações. Sem o PASM, a frente do carro mergulha ao frear bruscamente. Com a suspensão ativa, a frente se mantém estável, proporcionando a melhor reação possível. Considerando o peso do carro, essa falta de “reação” parece mágica.
Isso dá ao motorista a sensação de controle total, como um verdadeiro piloto. O PASM torna o Panamera seguro e prazeroso de dirigir.
E o funcionamento não é tão complicado quanto se imagina. O sistema monitora a via e as ações do motorista, ajustando a suspensão em apenas 50 milissegundos. Isso é viável graças à tensão elétrica de 400 volts, quatro vezes maior que a de uma tomada residencial. Esse é o segredo da Porsche.
Além disso, a suspensão ativa também aumenta a altura do carro em até cinco centímetros para facilitar a entrada e saída da cabine, já que o Panamera tem apenas 1,42 m de altura.
A suspensão ativa oferece:
Controle de rolagem da carroceria;
Maior conforto em superfícies irregulares;
Ajuste de altura do carro;
Melhor distribuição de carga nas rodas;
Acesso mais fácil ao carro;
Mais conforto em frenagens e acelerações;
Assistente ativo para curvas;
Não há outra palavra para descrever essas tecnologias além de “impressionantes”.
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E os preços? Sim, é caro!
A primeira geração do Porsche Panamera foi lançada em abril de 2009. Embora não tenha sido um sucesso de vendas como o SUV Cayenne, o Panamera continua a representar a tecnologia avançada da marca.
A terceira geração chegou ao Brasil em outubro de 2024, disponível em duas configurações, por R$ 803 mil e R$ 922 mil, respectivamente.
Porém, os preços aumentaram para:
Porsche Panamera 4 E-Hybrid: R$ 850 mil;
Porsche Panamera 4S E-Hybrid: R$ 970 mil.
O que distingue uma configuração da outra é, basicamente, o conjunto híbrido:
O 4 E-Hybrid é equipada com um motor 2.9 V6 de 470 cv de potência e 66 kgfm de torque;
O 4S E-Hybrid também tem um motor 2.9 V6, mas com 544 cv e 76 kgfm de torque.
As versões mais potentes, com motor 4.0 V8 biturbo e elétrico que juntos entregam 680 cv e 94,8 kgfm de torque, não serão oferecidas no Brasil.
Toda essa potência e torque vêm da combinação do motor a combustão com um motor elétrico acoplado à transmissão de dupla embreagem PDK. O motor elétrico sozinho oferece 190 cv e 45,9 kgfm de torque, mais do que o Jeep Compass 1.3 turbo (185 cv).
A versão mais barata do Panamera acelera de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos e atinge 280 km/h de velocidade máxima. A versão 4S E-Hybrid faz em 3,7 segundos e chega a 290 km/h.
Ambas as versões têm uma bateria de 25,9 kWh, similar à dos primeiros carros elétricos no Brasil, adequada para um sistema híbrido.
O Porsche Panamera pode rodar até 63 km no modo elétrico, de acordo com o Inmetro. A bateria pode ser carregada em três horas usando uma tomada de 11 kW. O consumo médio de combustível é de 21 km/l, segundo a Porsche. Um híbrido com ótimo consumo.
Mas convenhamos: quem paga mais de R$ 1 milhão por um veículo dificilmente se preocupará com o gasto de gasolina.
Telas e mais telas
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O interior do Panamera é extremamente luxuoso. O teto é revestido com alcântara e os bancos de couro têm acabamento primoroso, com o logo da Porsche estampado no encosto de cabeça e formato de banco esportivo, garantindo uma pilotagem segura.
O acabamento do habitáculo não deixa à mostra nenhum plástico rígido. A forração das portas e o centro do painel são de couro.
O que não é de couro, como no console central que separa o motorista do passageiro, tem acabamento em black piano. Até a parte superior do painel, próxima ao parabrisa, é feita de plástico emborrachado.
Mas são as telas que chamam atenção ao adentrar a cabine. À frente do motorista há um painel de instrumentos com tela curva de 12,6 polegadas. Ao lado, a central multimídia de 12,3 polegadas compõe o painel e pode ser conectada a celulares Android e iOS sem a necessidade de cabo.
Ao lado, há outra tela de 10,9 polegadas voltada para o passageiro da dianteira. Nessa tela, o ocupante do banco da frente consegue ver todas as informações do carro, inclusive a força G da carroceria.
Além dessas, há um head-up display que projeta as informações do carro no parabrisa. A quinta tela fica na parte de trás, no console central, onde os passageiros podem ver e modificar as configurações do ar-condicionado de quatro zonas.
Bancos do Panamera possuem regulagem elétrica e encosto de cabeça com o logotipo da marca
Divulgação | Porsche
Confira a ficha técnica do Porsche Panamera 4S E-Hybrid:
Motor: 2.9 V6;
Potência: 353 cv;
Torque: 51 kgfm;
Potência do motor elétrico: 190 cv;
Torque do motor elétrico: 45 kgfm;
Potência combinada: 544 cv;
Torque combinado: 76 kgfm;
Transmissão: dupla embreagem de 8 marchas;
0 a 100 km/h: 3,7 segundos;
Velocidade máxima: 290 km/h;
Consumo: 21 km/l;
Autonomia no modo elétrico: 63km;
Comprimento: 5,05 m;
Largura: 1,94 m;
Altura: 1,42 m;
Entre-eixos: 2,95 m;
Porta-malas: 430 litros;
Peso: 2.330 kg.
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