Irã nega envolvimento no ataque com drone que matou 3 soldados americanos na Jordânia

O temor de um conflito maior no Oriente Médio tomou conta das conversas em Washington nesta segunda-feira (29). O presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu uma resposta à morte dos 3 americanos. Governo do Irã nega envolvimento em ataque que matou 3 soldados americanos e feriu mais de 40 , na Jordânia
O governo do Irã negou nesta segunda-feira (29) envolvimento no ataque com drone que matou três soldados americanos e feriu mais de 40 na Jordânia.
O temor de um conflito maior no Oriente Médio tomou conta das conversas em Washington nesta segunda-feira (29). Desde que o grupo terrorista Hamas – apoiado pelo Irã – atacou Israel há quase quatro meses, milícias treinadas e armadas pelo governo iraniano lançaram mais de 160 ataques contra alvos dos Estados Unidos no Iraque e na Síria.
No domingo (28), pela primeira vez, um ataque matou militares americanos em um terceiro país, a Jordânia. Segundo a imprensa americana, os soldados dos Estados Unidos confundiram o drone inimigo com um drone aliado que voltava à base depois de uma missão de vigilância e, por isso, não conseguiram evitar o ataque.
O grupo Resistência Islâmica, do Iraque, ligado ao Irã, assumiu a responsabilidade. O governo iraniano negou envolvimento. No domingo (28), o presidente Joe Biden prometeu uma resposta.
Até agora, para evitar um confronto mais amplo na região, a Casa Branca vinha fazendo retaliações com ataques limitados contra grupos armados apoiados pelo Irã. Mas, a morte de americanos aumentou a pressão. Nesta segunda (29), o time de Segurança Nacional de Joe Biden se reuniu na situation room, sala onde discutem emergências, para calcular se a resposta deve ser mais dura.
Na equação, está a possibilidade de lançar ataques dentro do Irã. Parlamentares da oposição pressionam por isso. O Departamento de Defesa afirmou que os Estados Unidos não querem uma guerra com o Irã.
Enquanto isso, Washington tem expandido os esforços para reduzir a guerra em Gaza. No domingo (28), o diretor da Agência de Inteligência dos Estados Unidos se reuniu, em Paris, com autoridades de Israel, Catar e Egito para negociar uma pausa nos combates em troca da libertação de mais de 100 reféns capturados pelo Hamas.
Nesta segunda-feira (29), o jornal “The New York Times” divulgou detalhes de um relatório do governo de Israel que acusa um grupo de funcionários da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos de envolvimento no ataque de 7 de outubro. Segundo o documento, um deles participou do sequestro de uma refém. Outro, do massacre em um kibutz onde 97 pessoas foram assassinadas.
Na sexta-feira (26), quando a denúncia veio à tona, a ONU informou que demitiu funcionários e abriu uma investigação. Nesta segunda (29), a Áustria e a Romênia se juntaram ao grupo de nove países que suspenderam a ajuda financeira à agência.
A organização, que apoia mais de 5 milhões de refugiados palestinos no Oriente Médio, afirmou que, se os países não reverterem a decisão, pode ficar sem dinheiro no fim de fevereiro.
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