Nada é mais perigoso do que ideias antigas que ainda são lucrativas

Linn Lindfred, Estrategista de Economia Circular | Fundador da Circularista AB, da Suécia, a qual tive o prazer em conhecer, e dividir o palco de um congresso internacional, com ênfase na Economia Circular, comenta, sobre práticas conservadoras e retroativas, prejudiciais para um futuro mais sustentável. Leia abaixo:

Nada é mais perigoso do que ideias antigas que ainda são lucrativas. Esta afirmação ainda é forte — talvez agora mais do que nunca. Sabemos que nossos sistemas atuais — a economia de tirar-fazer-descartar, as indústrias extrativas, as cadeias de suprimentos globais just-in-time — não foram projetados para o mundo em que vivemos hoje. Mas eles continuam funcionando, ainda gerando lucros, ainda profundamente enraizados em “como as coisas são feitas”. E é exatamente isso que torna a transformação real tão difícil. 

  • Não é falta de inovação. 
  • Não é que não saibamos o que precisa mudar. 
  • É a lucratividade dos negócios normais que nos mantém presos. Quanto mais nos apegamos a esses modelos antigos, mais riscos corremos — para o planeta, para as pessoas e, sim, até mesmo para a resiliência empresarial de longo prazo. Mas, na realidade, o mundo está mudando. 
  • A economia global está sob pressão: as cadeias de suprimentos estão se tornando menos confiáveis. As tensões geopolíticas estão aumentando. A escassez de recursos e a volatilidade estão crescendo. Essa interrupção, embora desafiadora, abre uma janela para a mudança. 

    De repente, o fornecimento local, a resiliência regional e as estratégias circulares não são apenas “sustentáveis” — elas estão se tornando mais lucrativas, mais estratégicas e mais seguras. O que costumava ser descartado como muito complexo ou idealista está se tornando uma vantagem competitiva. O perigo não está apenas em se apegar a ideias antigas. Está em perder a oportunidade de substituí-las por outras melhores. 

    Qual é uma “ideia antiga” que você acha que precisamos finalmente abandonar?

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