
Pedro Rocha Pereira se entregou à polícia após o crime e teve a prisão convertida em preventiva no dia 6 deste mês. Gisele Maria Pinheiro Pereira foi morta no dia anterior (5). Gisele Maria Pinheiro Pereira, de 33 anos, foi morta com golpes de canivete em Teresina
Reprodução
O jovem Pedro Rocha Pereira e Farias, de 23 anos, que confessou ter matado a ex-companheira Gisele Maria Pinheiro Pereira, de 33 anos, com golpes de canivete, foi indiciado pela Polícia Civil do Piauí (PCPI) por feminicídio, o assassinato de uma mulher motivado por violência doméstica ou de gênero.
“O crime aconteceu no dia 5 de abril, 15 dias após a vítima ter terminado com ele. Foi relatado um contexto de relacionamento abusivo, com muito controle por parte dele. Tanto que esse teria sido o motivo da Gisele por fim”, contou a delegada Nathália Figueiredo, ao g1, nesta quarta-feira (16).
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A delegada, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o crime foi qualificado ainda pela pratica de forma cruel e sem chance de defesa à vítima. “Ele teria desferido os golpes com canivete, concentrados na região do tórax e pescoço”, relatou.
O corpo de Gisele foi encontrado pela perícia criminal com cerca de 20 perfurações no tórax, no pescoço e nas costas. A arma do crime estava embaixo de um sofá do apartamento da vítima, onde o assassinato aconteceu.
“Ele disse em interrogatório que passou a noite anterior ao crime com a vítima e entrou em contato com ela relatando que tinha esquecido os chinelos. Ele foi à casa dela e houve uma discussão, após, segundo ele, ter visto um conteúdo no celular dela”, completou Nathália Figueiredo.
O indiciamento foi encaminhado ao Poder Judiciário. Em seguida, o Ministério Público deve oferecer uma denúncia contra o acusado. A denúncia será analisada pela Justiça que, caso a aceite, o tornará réu. A partir disso, ele deverá responder pelo crime. Pedro está preso preventivamente pelo crime.
‘Ela não aguentava mais o relacionamento abusivo’, conta pai
Família de Gisele Maria, vítima de feminicídio, pede Justiça
Antônio de Sousa Pereira, pai de Gisele, contou que a filha não aguentava mais a relação abusiva com o ex e que por isso foi morar sozinha. Antônio contou que a filha e o suspeito se conheceram há cerca de três anos, iniciaram um namoro e logo foram morar juntos no apartamento de Pedro.
O pai da vítima relatou que o relacionamento entre o casal sempre foi conflituoso. “Minha filha tinha problemas psicológicos. Ela vinha sofrendo abusos e ameaças e isso afetou ainda mais o psicológico dela. Como ela gostava muito dele, ele abusava dessa fragilidade que ela tinha [por gostar dele]”, disse.
Antônio contou ainda que Gisele decidiu morar sozinha após não suportar mais ameaças e agressões. “Ela insistiu no relacionamento, mas chegou um momento em que não tinha mais condições e decidiu se afastar, pois não aguentava mais. Alugou um apartamento e foi morar”, afirmou.
Mulher é morta a facadas em apartamento; ex-companheiro se entrega à polícia
Isabela Leal/TV Clube
*Andréa Gomes, estagiária sob supervisão de Lucas Marreiros.
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