Júri de acusados da “Chacina da Ilha” continua nesta terça em Vitória

Chacina da Ilha
Foto: Reprodução/TV Vitória

O julgamento de quatro acusados de participação no crime conhecido como “Chacina da Ilha” continuará nesta terça-feira (15), a partir de 8h.

Os réus são: Felipe Domingos Lopes, conhecido como “Cara de Boi” ou “Boizão”, Victor Bertholini Fernandes, o “Vitinho”, Werick Sant’Ana dos Santos da Silva, chamado de “Mamão” e Adriano Emanoel de Oliveira Tavares, apelidado de “Balinha” ou “Bamba“.

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Os acusados respondem pelo assassinato de quatro jovens na Ilha da Pólvora, em uma área próxima a Santo Antônio, em Vitória, em 28 de setembro de 2020. Além dos mortos, outras duas vítimas ficaram feridas.

Testemunhas ouvidas no primeiro dia de júri

Os trabalhos do primeiro dia de júri foram encerrados por volta de 19h30 desta segunda-feira (14). Até o momento, foram ouvidos dois delegados e dois investigadores arrolados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

Além deles, também depuseram testemunhas da defesa e uma das vítimas, que sobreviveu ao ataque.

O júri chegou a ser interrompido por conta de uma queda de energia na região do Fórum Criminal de Vitória.

A sessão teve início por volta das 8h30, mas foi suspenso às 10h30 após a falta de energia, já que o prédio não possui gerador individual.

No segundo dia de júri deverão ser três testemunhas de defesa e logo depois terá início o interrogatório dos quatro réus, seguido por debates entre acusação e defesa.

Vítimas confundidas com criminosos rivais

Seis jovens estavam na praia da ilha quando foram confundidos com integrantes de uma facção criminosa.

Três deles morreram por disparos de arma de fogo ainda no local e um deles foi socorrido, mas morreu logo após. Outros dois jovens ficaram feridos, mas sobreviveram após receber atendimento médico.

O crime, praticado durante o período de calamidade pública devido à pandemia de covid-19, foi causado pela rivalidade entre facções ligadas ao tráfico de drogas.

A investigação do MP apontou que os envolvidos integravam uma associação criminosa e cometeram os homicídios como forma de intimidação e demonstração de poderio bélico.

Crime praticado com ajuda de adolescente

Os réus praticaram o crime com a ajuda de um adolescente, e executaram quatro pessoas, além de tentarem matar outras duas, com armas de fogo.

Eles foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, corrupção de menores e associação para o tráfico de drogas. A pedido do MP, os réus estão presos preventivamente.

O Ministério Público também requereu, na denúncia, a fixação de indenização mínima por danos materiais e morais às famílias das vítimas, além da condenação dos denunciados pelos crimes praticados.

Jovens que morreram:

  • Pablo Ricardo Lima Silva
  • Wesley Rodrigues de Souza
  • Yuri Carlos de Souza Silva
  • Victor da Silva Alves
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