Travesti é eleita princesa do carnaval em cidade do interior de MG: ‘esse prêmio significa a inclusão’


No Dia da Visibildade Trans, Angélica Freitas foi selecionada para compor a Corte do Carnaval de Uberaba; Rei Momo e Rainha também foram eleitos. Coletivo LGBTQIA+ denunciou transfobia de um dos jurados do concurso. Corte do Carnaval de Uberaba de 2024 conta com Angélica Freitas, à direita
Prefeitura de Uberaba/Divulgação
A Corte do Carnaval de Uberaba, no Triângulo Mineiro, foi eleita e está pronta para cair na folia em 2024. Junto ao Rei Momo e a Rainha, a Princesa escolhida entre as candidatas foi a travesti Angélica Freitas.
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A eleição foi realizada no último sábado (27), na Concha Acústica, e foi definida após votação de oito jurados. Após receber a tão sonhada coroa, Angélica destacou a importância da representatividade no concurso.
“Esse prêmio significa a inclusão, de fato, sendo feita, uma travesti pertencente à corte do carnaval da cidade de Uberaba”, comemorou.
Angélica Freitas eleita princesa do Carnaval de Uberaba em 2024
Redes sociais/Divulgação
Em 2023, Uberaba teve outra representante LGBTQIA+ na Corte. Joyce Montserrat, que é mulher trans, também foi escolhida Princesa do Carnaval.
Neste ano, além de Angélica, Thauane Rodrigues assumiu o título de Rainha do Carnaval. Valdemir de Moraes foi coroado Rei Momo.
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Coletivo LGBTQIA+ denuncia transfobia
Em uma postagem nas redes sociais, o coletivo Beth Pantera, movimento que defende os direitos da comunidade LGBTQIA+ em Uberaba, denunciou que Angélica foi vítima de transfobia por parte de um dos jurados do concurso, que teria dado notas baixas para ela para impedir que ela ganhasse como Rainha.
“Após ver que Angélica foi eleita rainha, ele pediu para alterar suas notas alegando que estavam erradas. Ainda assim, houve empate e o referido jurado, segundo a denúncia recebida, deu nota mínima para Angélica para que esta não fosse a rainha”, afirmou o órgão.
Na mesma publicação, o Beth Pantera parabenizou Angélica pela vitória e destacou a importância da inclusão de pessoas trans e travestis.
“A sociedade insiste em nos invisibilizar e nos calar, mas nós avançaremos, por mais inconveniente que seja a nossa pauta! Parabéns, Angélica. Você é luta, você é força, você é a voz de muitas. Você é Travesti”, completou o coletivo.
O g1 procurou a Prefeitura de Uberaba, responsável pelo concurso, e aguarda retorno.
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