Destaque da NASA: Plêiades cintilam na foto astronômica do dia

Destaque da NASA: Plêiades cintilam na foto astronômica do diaDanielle Cassita

O aglomerado estelar Plêiades brilha na foto astronômica destacada pela NASA nesta segunda-feira (29). Consideradas o aglomerado aberto mais brilhante do céu, as Plêiades podem ser vistas de praticamente qualquer lugar do planeta — inclusive a olho nu.

Este aglomerado pode ser visto em ambos os hemisférios da Terra de novembro a março. Como este é um dos grupos de estrelas mais próximos do nosso planeta, não é preciso usar equipamentos especiais para vê-lo, e se o observador estiver em um local escuro e longe da poluição luminosa, pode identificar até 14 estrelas.

Uma nuvem de gás e poeira vem atravessando este aglomerado nos últimos 100 mil anos, e as interações ali estão destruindo parte de sua estrutura. É possível que a nuvem seja parte da chamada Onda Radcliffe, uma estrutura de gás e poeira que liga algumas regiões de formação estelar na Via Láctea.

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A pressão da luz das estrelas no aglomerado vem repelindo as partículas de poeira na nebulosa de reflexão ali. Como resultado, partes da nuvem ficaram parecidas com filamentos alongados e difusos.

Plêiades e suas estrelas

Também chamado de Sete Irmãs e catalogado como Messier 45, o aglomerado de estrelas conhecido como Plêiades é formado por mais de mil estrelas. Alguns cientistas estimam que o aglomerado pode ter entre 75 milhões e 150 milhões de anos.

Este aglomerado é do tipo aberto, ou seja, é formado por estrelas que nasceram a partir de uma única nuvem molecular, o que significa que seus membros têm aproximadamente a mesma idade. Aglomerados deste tipo são menores que os globulares, e como têm estrutura aberta e difusa, não são estáveis. Por isso, suas estrelas podem acabar dispersas após alguns milhões de anos.

Felipe de Araújo, professor de Ciências do CEAT (Centro Educacional Anísio Teixeira), comentou como a mitologia indígena brasileira representa os astros. Segundo ele, as Plêiades têm nomes diferentes em cada idioma indígena — os tupinambá, por exemplo, as chamam de “Seichu”.

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