Fisioterapeuta agredida conta que tinha medida protetiva contra ex: ‘Estou aliviada. Queria muito que ele pagasse pelo que fez’


Adriana Freitas Ribeiro contou que foi agredida por seis horas após ser tirada de uma festa por Marcio de Oliveira Barreto. Ela tinha uma medida protetiva contra ele. A fisioterapeuta Adriana Freitas Ribeiro passou por um exame de corpo de delito na manhã desta segunda-feira (29) no Instituto Médico-Legal, após o ex-marido ser preso por agressão na Lei Maria da Penha. Ela contou que se sente melhor após Marcio de Oliveira Barreto ter sido levado pelos policiais.
“Estou aliviada. Queria muito que ele pagasse pelo que fez. Espero que ele fique lá por muito tempo. Ele é um monstro”, disse Adriana.
Com marcas pelo corpo das seis horas de tortura, ela contou que tinha uma medida protetiva contra ele desde maio do ano passado e que determinava que Marcio deveria ficar distante por, pelo menos, 300 metros.
Eles ficaram casados por 25 anos e tiveram um casal de filhos. Adriana contou à polícia que foi espancada na saída de uma festa.
“Eu tinha uma medida protetiva contra ele. Tanto que ele já invadiu a minha casa para roubar meu telefone. Sempre com isso de ver com quem eu estava”, destacou.
Adriana Freitas Barreto
Reprodução/TV Globo
A fisioterapeuta contou ainda que os filhos, de 25 e 16 anos, também foram envolvidos nas ameaças.
“Ele nunca me deixou em paz, mas as agressões eram verbais. Não era agressão física. Ele falava, o tempo todo, que ia se matar. Ele anunciando tragédia para o meu filho, que se eu não voltasse para ele ia se matar”, afirmou a fisioterapeuta.
Adriana destaca que as violências começaram de forma verbal e depois foram se agravando, com puxões de cabelo e de apertões nos braços.
“Meus filhos estão traumatizados. A minha filha muito mais que meu filho. Porque ele acompanhou, desde pequeno, a minha trajetória e sabe o que ele me fez anteriormente. Minha filha está assustada com tudo isso. Já disse que vou colocá-la em um psicólogo para tratar a cabecinha dela”, disse.
Agentes da 27ª DP (Vicente de Carvalho) prenderam Marcio em uma casa em Quintino. A prisão é preventiva e ele foi indiciado pelos crimes de lesão corporal, tentativa de estupro, sequestro e descumprimento de medida protetiva.
Homem é preso por agressão à ex
O caso
Na sexta-feira (26), em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Adriana foi a uma festa de amigos em comum com Marcio e, assim que viu o ex, ligou para uma terceira pessoa e pediu que a buscasse.
“Marcio me viu no celular. Não sei de onde ele apareceu, eu só senti ele pegar o telefone da minha mão. Nossos amigos vieram atrás, e ele falou que só queria conversar comigo”, narrou Adriana, que concordou em ouvir o ex.
Mas, quando os dois se afastaram, o comportamento dele mudou. “Ele me levou para uma curva e lá já me jogou no chão e começou a me agredir. Me deu chutes, um monte de pontapés”, prosseguiu.
Marcio de Oliveira Barreto foi preso em Quintino
Reprodução/TV Globo
Adriana afirmou que sofreu enforcamentos, mordidas, torções de dedos e do punho e puxões de cabelo.
A fisioterapeuta disse que Marcio a levou para a Região Serrana e só parou em Teresópolis. Perto de um motel, segundo Adriana, ele tentou estuprá-la.
Adriana disse que Marcio decidiu descer a Serra e, quando o ex foi abastecer em um posto em Belford Roxo, já por volta das 6h de sábado (27), ela aproveitou que o carro estava desacelerando, abriu a porta e se jogou no asfalto. A fisioterapeuta gritou por socorro e foi salva por frentistas.
A academia onde Marcio dava aulas de jiu-jítsu publicou, nas redes sociais, uma nota de repúdio e disse que desligou o professor de seu quadro de funcionários.
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