Cliente acaba preso após usar PIX fraudulento para enganar vendedor e comprar anel de ouro avaliado em mais de R$ 2 mil


Lenhador confessou que vendeu a joia por R$ 500 a um ourives, em Presidente Prudente (SP). Rapaz, de 21 anos, foi preso em flagrante por estelionato, em Presidente Prudente (SP)
Polícia Civil
Um lenhador, de 21 anos, foi preso em flagrante por estelionato, após tentar enganar uma joalheria, no Centro de Presidente Prudente (SP), na compra de um anel de ouro avaliado em mais de R$ 2 mil com uma transação bancária fraudulenta através do PIX.
Funcionários da joalheria acionaram a Polícia Militar, que localizou e deteve o suspeito no Calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei.
Um vendedor, de 59 anos, contou aos policiais que o rapaz havia entrado no estabelecimento comercial, onde escolheu um anel de ouro, avaliado em mais de R$ 2 mil, e pagaria a joia através de PIX.
O cliente mostrou a tela do aparelho celular ao vendedor e disse que estava feita a transação, o que induziu a vítima a erro.
Com a compra confirmada, o cliente saiu da loja, mas foi novamente localizado pelos funcionários da joalheria quando andava pelo Calçadão, e questionado sobre o não pagamento do anel.
Os militares abordaram o suspeito no local, ele alegou ter feito o PIX e abriu o aplicativo bancário, mas apurou-se que seria um agendamento para o dia seguinte.
O lenhador ainda disse que pretendia restituir o anel à loja e que a joia estava em um veículo estacionado nas proximidades. Porém, os policiais acompanharam o indiciado, juntamente com funcionários da loja, e o anel por ele apresentado não era o mesmo que havia sido comprado.
Com o suspeito, os policiais encontraram bijuterias e R$ 1.081,00 em dinheiro, que ele alegou ser fruto de trabalho.
O vendedor contou que o rapaz chegou à loja à procura de um anel para comprar. O funcionário apresentou-lhe vários itens de ouro e o cliente selecionou um anel no valor de R$ 2.220,00, que, se fosse pago à vista, sairia por R$ 2.035,00.
O indiciado, então, disse que pretendia comprar o anel e iria fazer o pagamento à vista, através de PIX.
Segundo o vendedor, o indiciado manuseou o aparelho celular e mostrou-lhe um comprovante de pagamento via PIX, no valor de R$ 2.035,00, mas o funcionário não percebeu que se tratava de um “agendamento” e, assim, foi induzido a crer que era um comprovante de pagamento.
Feita a negociação, o indiciado saiu do local, quando o funcionário fez contato com sua patroa e ela constatou que o valor correspondente ao anel não havia sido depositado.
A vítima relatou, ainda, que foi a um laboratório e localizou a sacola da loja em cima de um pilar de uma agência bancária e outros funcionários da joalheria encontraram o indiciado e o chamaram de volta ao estabelecimento comercial, além de terem acionado a Polícia Militar.
Quando os policiais o abordaram, ele apresentou o comprovante de PIX, mas foi confrontado pelos militares de que se tratava de agendamento. Além disso, ainda alegou que o anel estaria em um veículo e iria buscá-lo.
No entanto, o anel que foi localizado não era o mesmo que havia sido vendido ao lenhador.
O vendedor contou à Polícia Civil ter tomado conhecimento de que o anel havia sido vendido a um ourives, que entregou aos funcionários da loja a referida joia.
Confissão
Em depoimento prestado à Polícia Civil, segundo o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa, o suspeito confessou o crime.
Ele alegou que no mês de dezembro lhe furtaram 20 metros cúbicos de lenha e que ficou no prejuízo, devendo a madeira ao comprador.
Como ficou faltando o pagamento, o rapaz disse que se viu na necessidade de obter dinheiro mais rápido, admitiu que veio a Presidente Prudente e adentrou a joalheria no Calçadão, onde escolheu um anel de ouro pelo valor de R$ 2.035,00.
O rapaz abriu o aplicativo bancário e realizou um agendamento de PIX para o dia seguinte, o que gerou um comprovante, que mostrou ao vendedor, como se tivesse feito o pagamento pelo anel, mas que sequer tinha dinheiro em conta.
Ainda segundo o Boletim de Ocorrência, o anel foi posteriormente vendido a um ourives por R$ 500,00.
A Polícia Civil decretou a prisão em flagrante do suspeito e ele foi mantido na Delegacia Participativa à disposição da Justiça.
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