“Sentiremos saudades”, escola onde criança morta em Cariacica estudava se pronuncia

(Foto: Reprodução/Redes sociais)

A Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Oliveira Castro, onde a menina Ana Victória Silva dos Santos, de 8 anos, assassinada pelo pai na noite de sexta-feira (11), se pronunciou sobre o crime.

Em uma nota publicada nas redes sociais, a EMEF homenageia Ana Victória. “Professores, colegas de classe e todos os funcionários sentirão saudades. Os momentos foram breves, mas nunca serão esquecidos“, declarou a instituição na publicação.

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Crime chocante

Ana Victória foi espancada até a morte pelo pai, o pedreiro Welington Caio Silva Nogueira, d 28 anos, preso em flagrante pela morte da filha.

Segundo a Polícia Militar, o suspeito confessou ter espancado a filha por dois dias consecutivos — na quinta (10) e na sexta-feira (11). Ele alegou que as agressões começaram após a criança não fazer um dever de casa e se intensificaram após ele receber um bilhete da escola com reclamações sobre o comportamento da menina. Um pedaço de cabo de vassoura teria sido usado no espancamento.

A criança foi levada desacordada ao Pronto Atendimento de Alto Lage pelo próprio pai, mas já chegou em estado grave e não resistiu aos ferimentos, apesar das tentativas de reanimação da equipe médica.

Moradores da região disseram não ter ouvido os gritos da criança, mas testemunhas afirmaram ter visto o homem jogando um pedaço de cabo de vassoura pela janela do apartamento. O objeto foi localizado e será analisado pela polícia.

De acordo com o Conselho Tutelar, a menina e o irmão gêmeo passaram a viver com o pai após a guarda ser concedida a ele. A mãe das crianças vive no interior de Minas Gerais e enfrenta problemas com dependência química.

A madrasta, que estava no apartamento no momento das agressões, foi ouvida na delegacia e liberada por falta de elementos que justificassem a prisão em flagrante.

O pai foi autuado por homicídio qualificado com agravantes por ser o tutor da vítima. O irmão da menina foi acolhido pelo Conselho Tutelar. Já o corpo da criança permanece no Instituto Médico Legal (IML), aguardando a chegada da avó paterna, que viaja de Ilhéus, na Bahia, para realizar a liberação.

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