Japão diz que lander SLIM voltou a funcionar na Lua após hibernação

Japão diz que lander SLIM voltou a funcionar na Lua após hibernaçãoDanielle Cassita

Parece que o lander japonês SLIM voltou a funcionar na Lua após passar nove dias em hibernação. No domingo (28), a agência espacial JAXA revelou em uma publicação no X/Twitter que conseguiu restabelecer a comunicação com a espaçonave, marcando sua retomada da exploração na Lua e de pistas sobre suas origens.

O SLIM (sigla de Smart Lander for Investigating Moon) sofreu uma falha em um de seus motores enquanto descia à superfície lunar. Como resultado, ele pousou de cabeça para baixo e seus painéis solares ficaram apontados para a direção errada.

Felizmente, nem tudo estava perdido. Oficiais da JAXA sugeriram que, se a direção da luz solar mudasse, ela poderia permitir que a bateria dele fosse carregada mesmo no ângulo pouco comum. Foi o que aconteceu: agora, o Sol está brilhando na direção oeste, atingindo os painéis solares do SLIM.

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Communication with SLIM was successfully established last night, and operations resumed! Science observations were immediately started with the MBC, and we obtained first light for the 10-band observation. This figure shows the “toy poodle” observed in the multi-band observation. pic.twitter.com/WYD4NlYDaG

— 小型月着陸実証機SLIM (@SLIM_JAXA) January 29, 2024

Isso permitiu que o lander voltasse às suas operações científicas, mas não se sabe exatamente por quanto tempo o SLIM vai seguir ativo. Apesar das suas baterias terem sido recarregadas, a JAXA já informou que ele não foi projetado para sobreviver ao frio da noite lunar, que começa nesta quinta-feira (1º).

Apesar dos “sustos” causados pela posição do SLIM, o sucesso da alunissagem (nome dado a pousos na Lua) tornou o Japão a quinta nação a descer uma espaçonave à superfície da Lua. A espaçonave desceu à borda da cratera Shioli, ficando a apenas 55 metros do local de pouso desejado.

A JAXA descreveu o feito como “um pouso com precisão sem precedentes”. Segundo a agência, a tecnologia usada pode permitir a exploração de locais na Lua que podem ter recursos de interesse, como água congelada.

Leia a matéria no Canaltech.

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