Jovem foi condenado por homicídio qualificado, lesão corporal grave e ameaça. Crime ocorreu em agosto de 2022. Ex-aluno é condenado por matar professora a facadas por vingança, em Inhumas
Reprodução/TV Anhanguera
O ex-aluno Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira foi condenado a mais de 21 anos de prisão por matar a facadas a professora, Cleide Aparecida dos Santos, e esfaquear o filho dela, por vingança, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. O crime ocorreu em agosto de 2022.
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Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Henrique matou a professora com 17 facadas, por vingança, após ser advertido por ela na escola onde estudava. No dia do crime, o ex-aluno também esfaqueou o filho, que tentou defender a mãe. Ele foi preso em flagrante.
Após recursos da defesa e anulação de decisões anteriores, o júri popular foi realizado na quarta-feira (9) e contou com 25 jurados e cinco testemunhas. O jovem foi condenado por homicídio qualificado, lesão corporal grave e ameaça.
Julgamento
Na decisão, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) condenou o acusado a 20 anos de reclusão pelo crime de homicídio contra a professora, que foi qualificado por motivo torpe. Além disso, ter dificultado a defesa da vítima foi considerado como uma circunstância desfavorável.
Em relação ao esfaqueamento de Anício Nonato da Silva Júnior, filho de Cleide, o ex-aluno vai responder por lesão corporal grave (um ano e nove meses de reclusão), e por ameaça (um mês e 15 dias de detenção).
O representante do MP pediu pela condenação, enquanto a defesa do acusado solicitou o reconhecimento de semi-imputabilidade, que não foi considerado.
A juíza Isabella Luiza Alonso Bittencourt determinou início imediato para o cumprimento da pena, em regime fechado.
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Relembre o caso
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O crime aconteceu na madrugada de 24 de agosto de 2022, em Inhumas. Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira, matou a professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos, com golpes de faca, após invadir a casa dela e fugir de bicicleta (veja acima).
Na época, o ex-aluno tinha apenas 24 anos e trabalhava como auxiliar de produção. Em depoimento à Polícia Civil, ele relatou que estudou com a professora em 2014 no colégio Castelo Branco. Henrique contou às autoridades que manteve um sentimento de raiva contra a docente por cerca de 8 anos. Essa raiva surgiu de supostas broncas que Cleide dava nele por bagunças em sala de aula.
Mas mesmo guardando raiva contra a professora, o jovem disse à polícia que houve um estopim para o crime. Ele mencionou ter passado pela casa de Cleide, na manhã do dia do crime, e a cumprimentou, mas ela teria ignorado o gesto, e ele se sentiu ofendido.
O boletim de ocorrência narrou que o ex-aluno “pulou para dentro da casa da vítima com a intenção de lhe dar um susto”, mas que esfaqueou a idosa “pois ficou com raiva na hora”. Quando a professora percebeu a invasão, chamou seu filho, que foi ferido no braço por um golpe de faca.
A Polícia Militar disse que chegou ao condenado por conta do porte físico e da rota escolhida para a fuga. Os policiais foram até a casa dele e encontraram manchas de sangue recentes: um rastro do portão até a entrada da casa.
Henrique foi preso cerca de oito horas depois do crime, em uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Inhumas, onde procurou atendimento médico por causa de um corte no pé. Conforme a polícia, ele se feriu na hora do crime.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para socorrer a vítima, a encaminhou para uma unidade de saúde, mas ela não resistiu aos ferimentos.
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