4 alimentos essenciais e 2 proibidos para viver mais, segundo pesquisa

Uma pesquisa conduzida pela epidemiologista e nutricionista Mercedes Sotos Prieto, da Universidade de Madri, na Espanha, analisou os efeitos de diferentes alimentos e revelou quais estão diretamente associados a uma vida mais longa — e quais devem ser evitados.

Imagem de uma pessoa segurando prato

Saiba quais alimentos são essenciais para viver mais – Foto: Canva/ND

O estudo, que foi publicado em The American Journal of Clinical Nutrition, acompanhou mais de 11 mil adultos com idades entre 18 e 96 anos, durante um período de 14,4 anos. Os dados foram coletados entre 2008 e 2010 e analisaram também os índices de mortalidade ao longo do tempo.

Dieta mediterrânea e dieta planetária: o que dizem os dados

Para a análise, foram comparadas duas dietas: a dieta mediterrânea e a chamada dieta planetária — baseada em vegetais e considerada mais sustentável para o meio ambiente.

Ambas mostraram resultados positivos, com redução significativa do risco de morte: 21% para quem seguiu a dieta mediterrânea e 22% para os adeptos da dieta planetária.

Conforme os pesquisadores, o consumo médio diário girava em torno de 2,5 mil calorias. A dieta mediterrânea prioriza vegetais frescos, cereais integrais, azeite de oliva como principal fonte de gordura, oleaginosas e carnes brancas em vez de carnes vermelhas processadas.

Enquanto isso, a dieta planetária foca na variedade de vegetais, gorduras insaturadas, laticínios em moderação, proteínas magras e consumo reduzido de açúcares e gorduras saturadas.

Quatro alimentos que ajudam a viver mais

Dieta rica em frutas - Canva/ND

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Dieta rica em frutas – Canva/ND

Laticínios, mas com moderação  - Canva/ND

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Laticínios, mas com moderação – Canva/ND

Gorduras insaturadas - Canva/ND

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Gorduras insaturadas – Canva/ND

Alimentos oleaginosos - Canva/ND

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Alimentos oleaginosos – Canva/ND

A análise concluiu que quatro grupos de alimentos estão consistentemente associados à maior expectativa de vida:

  • Frutas;
  • Laticínios (em moderação);
  • Gorduras insaturadas (como azeite de oliva e óleos vegetais);
  • Oleaginosas (como nozes, castanhas e amêndoas).

Pessoas que consumiam esses alimentos com frequência apresentaram menor risco de morte por todas as causas.

Uma metanálise publicada no BJM em 2020, por exemplo, também associou o consumo regular de oleaginosas à redução do risco de doenças cardiovasculares e mortalidade precoce.

Dessa mesma forma, a ingestão de frutas está relacionada a menor incidência de câncer e diabetes tipo 2, segundo um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Quais são os dois alimentos que encurtam a vida?

O levantamento também destacou dois tipos de alimentos que devem ser evitados: refrigerantes e doces industrializados. O alto consumo desses itens está ligado a maior taxa de mortalidade, principalmente por doenças metabólicas e cardiovasculares.

Uma revisão publicada em 2019, pela revista Circulation, identifica que bebidas adoçadas artificialmente aumentam em até 20% o risco de morte prematura.

Dieta: uma estratégia de saúde pública?

Conforme a nutricionista Mercedes Sotos Prieto, uma melhor adesão a padrões alimentares baseados em plantas poderia prevenir até uma em cada cinco mortes prematuras na Europa.

Além disso, tais dietas contribuem para a preservação ambiental, oferecendo um duplo benefício: saúde pessoal e coletiva.

“As dietas baseadas em vegetais têm impacto positivo tanto na longevidade quanto na sustentabilidade do planeta”, afirmou a pesquisadora.

“O efeito protetor é semelhante entre os dois padrões alimentares analisados, o que fortalece a importância de escolhas mais naturais e equilibradas no dia a dia.”

Imagem de um plano de dietas com lápis e tomates e fruta por perto

As dietas contribuem para a preservação ambiental – Foto: Canva/ND

*Importante: este conteúdo não substitui avaliações profissionais com médicos ou outros especialistas nas áreas de saúde e bem-estar.

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