
O avanço dos pagamentos via pix, que movimentaram R$ 26 trilhões em 2024, trouxe também um crescimento expressivo dos golpes aplicados com falsos comprovantes. Um dos mais comuns envolve criminosos que simulam uma transferência bem-sucedida ao apresentar imagens manipuladas ou comprovantes de agendamento, enganando quem vende produtos ou presta serviços.
Para combater esse tipo de fraude, o Banco Central implementou mudanças obrigatórias na emissão dos comprovantes de transações. Desde 1º de abril, os bancos devem incluir um ícone de “check” em pagamentos concluídos e um símbolo de calendário nos casos de agendamento.
Novo visual nos comprovantes promete dificultar fraudes
A principal mudança visa facilitar a identificação visual por parte de quem recebe. O vendedor, muitas vezes pressionado em ambientes de atendimento rápido, poderá se guiar por esses novos elementos para evitar cair em golpes.
Também é essencial observar se há a marca do banco emissor e se a imagem está com boa qualidade. Além disso, cada transação gera um código único que pode ser conferido no extrato bancário. Notificações por aplicativos e conferência direta no saldo são atitudes recomendadas para evitar prejuízos.

Golpistas agora usam arquivos infectados para enganar vítimas
Outra ameaça emergente é o envio de falsos comprovantes por e-mail ou mensagem no formato .zip. Dentro desses arquivos, esconde-se um vírus capaz de roubar dados e até controlar o celular da vítima. A Polícia Civil de Santa Catarina alerta que esse novo formato de ataque digital tem crescido em popularidade.
MED ganhará autoatendimento para facilitar recuperação de dinheiro
A partir de 1º de outubro, os bancos deverão oferecer autoatendimento no MED, Mecanismo Especial de Devolução. Criado para situações de golpe ou fraude, o sistema permite bloquear e recuperar valores ainda em posse do criminoso. Com a novidade, o usuário poderá acompanhar a evolução do pedido diretamente pelo app.
Entenda quando o MED pode ser acionado em casos de pix
O MED não pode ser usado em casos de erro do pagador, como digitar a chave errada, nem em disputas comerciais. Ele se aplica exclusivamente a situações de golpe, fraude ou crime comprovado, desde que acionado rapidamente. O Banco Central espera, com a medida, proteger ainda mais o consumidor digital.
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