
O relatório concluído e enviado pela Polícia Civil de Santa Catarina, referente a Operação Presságio, detalhou uma série de delitos que corroboraram a tese de uma organização criminosa dentro da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte da Prefeitura de Florianópolis entre 2021 e 2023.

Ed Pereira e Samantha Brose; investigados na Operação Presságio que revelou que o aniversário da filha do casal foi pago com recursos públicos – Créditos: Divulgação/ND
Outro episódio revelado conta que o então secretário Edmilson Carlos Pereira Júnior, o Ed Pereira, realizou a festa de aniversário da filha com dinheiro desviado de contratos com organizações da sociedade civil.
Conforme a investigação, o evento foi realizado em um antigo beach club, em Jurerê, Norte da Ilha.
A festa contou com 200 pessoas e, segundo a delegada que preside o caso, Patrícia Fronzi, “a festa de aniversário foi custeada por recursos públicos, produto do crime de peculato, que deveriam ter sido integralmente aplicados em projetos sociais destinados a crianças e adolescentes de classe social baixa”.
A delegada ainda revelou que foram diferentes pagamentos realizados para pessoas físicas e jurídicas, a mando de Ed Pereira e sua esposa, Samantha Brose.
O que diz a defesa de Ed Pereira e Samantha Brose
O advogado que representa ambos, Cláudio Gastão da Rosa Filho, ao ser questionado pela Coluna Bom Dia, respondeu da seguinte forma:
“As conclusões precipitadas contidas no indiciamento feito pela polícia serão desmistificadas judicialmente com provas periciais e testemunhais”.
Operação Presságio
Os desvios de dinheiro público, através do repasse de verbas da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis para instituições assistenciais, revelado pela Operação Presságio, indiciou 23 pessoas nessa quarta-feira (3).

Relatório final da Operação Presságio foi concluído pela Polícia Civil de SC – Foto: PCSC/Reprodução/ND
A Polícia Civil aponta, no inquérito policial, que o ex-secretário de Turismo de Florianópolis, Ed Pereira, era o líder da organização criminosa formada dentro da pasta.
Conforme apurado pela reportagem do ND Mais, ele é considerado o principal investigado da Operação Presságio e teria cometido, ao longo de quatro anos, um “assalto aos cofres públicos”.