Chefe da ONU pede a países para voltarem a financiar agência de assistência a refugiados palestinos


Declaração surge após alegações de que trabalhadores da UNRWA estiveram envolvidos nos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro. O secretário-Geral da ONU, António Guterres.
David ‘Dee’ Delgado/Reuters
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, prometeu neste domingo (28) responsabilizar “qualquer funcionário envolvido em atos de terror” e fez um apelo apoio a UNRWA — a agência da ONU que dá assistência a refugiados palestinos.
A declaração surge após alegações de que trabalhadores da UNRWA estiveram envolvidos nos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Desde então, vários países suspenderam o financiamento à agência.
“Qualquer funcionário da ONU envolvido em atos de terror será responsabilizado, inclusive através de processo criminal”, disse o chefe da ONU em comunicado. “O secretariado está pronto a cooperar com uma autoridade competente capaz de processar os indivíduos.”
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“Não se deve penalizar as dezenas de milhares de homens e mulheres que trabalham para a UNRWA, muitos deles em algumas das situações mais perigosas que existem no trabalho humanitário.”
Guterres deu detalhes sobre os funcionários da UNRWA envolvidos nos “supostos atos abomináveis”. Das 12 pessoas, disse ele, nove foram demitidas, um foi dado como morto e as identidades dos outros dois estão sendo apuradas.
Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça e Finlândia juntaram-se no sábado aos Estados Unidos, Austrália e Canadá na suspensão do financiamento à agência de ajuda, fonte influente de apoio à população de Gaza.
“Embora compreenda as suas preocupações — fiquei horrorizado com estas acusações — apelo veementemente aos governos que suspenderam as suas contribuições para, pelo menos, garantirem a continuidade das operações da UNRWA”, disse Guterres.
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