Polícia militar vai usar drones para controlar comportamento de foliões no carnaval de Minas Gerais


Medida visa preservar patrimônios históricos da região. Ministério público estadual recomenda que blocos e escolas de samba mantenham distância de segurança dos prédios protegidos. Carnaval em Minas Gerais terá novas regras em 2024
TV Globo
Em Minas Gerais, tecnologia e conscientização se unem para proteger cenários históricos durante o carnaval.
Não demora para essas ruas ficarem cobertas de gente… muita gente! Os prédios centenários da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte (MG), tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) já estão protegidos. A preocupação é para que a festa, tão rica em alegria, não vire prejuízo.
“Quaisquer danos a esses bens são dificílima reparação, com alto custo, já que são objetos únicos para nossa história, para a nossa memória e para a nossa identidade”, afirma Marcelo Maffra, promotor de Justiça e coordenador. da Promotoria de Patrimônio Cultural.
O Ministério Público estadual recomendou que blocos e escolas de samba devem manter uma distância de segurança dos prédios e bens protegidos das cidades históricas de Minas e precisam ter autorização para a instalação de equipamentos de som, por exemplo.
Prefeituras, companhia de energia e bombeiros devem fiscalizar as instalações elétricas e de materiais inflamáveis, como botijões de gás. A polícia militar vai usar drones e acompanhar na sala de controle o comportamento dos foliões.
“Cometeu qualquer tipo de dano ao patrimônio, pichações, quebrar qualquer tipo de patrimônio, as vezes até mesmo urinar, a gente tem aí estátuas e monumentos o que já houve, serão conduzidas a delegacia e responderão por esse dano”, diz Major Layla Brunnela, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais.
A histórica Sabará também vai seguir as recomendações de segurança. E a prefeitura aposta na conscientização de quem vier à cidade nesse carnaval.
“A gente faz ações educativas tanto com foliões, quanto com as pessoas que visitam o município, exatamente para a preservação desse patrimônio público”, conta Welington Duarte Ribeiro, secretário de desenvolvimento Municipal de Sabará.
Em Ouro Preto, que tem o título de patrimônio mundial da Unesco, foram adquiridos aparelhinhos como este aqui: o decibelímetro, para monitorar a potência do som pelas ruas mais estreitas da cidade histórica. A música tem que sacolejar os foliões aí embaixo, e não, a estrutura dos casarões centenários.
“Essas telhas dessas casas são do século XVIII, as janelas, as vidraças. Esses abalos que podem acontecer, além de causar um transtorno físico nas pessoas, podem também causar esse transtorno no patrimônio histórico”, declara Flávio Malta, secretário de cultura de Ouro Preto.
A turma que já aproveita o pré-carnaval segue no ritmo da proteção. O pessoal aqui sabe da importância de manter a harmonia entre diversão e história.
“Patrimônio preservado, carnaval preservado. Eu acho que assim a gente consegue manter a história da cidade. Todo mundo pode aproveitar a festa, de fato, e fazer o seu melhor”, destaca Artur Ramos, presidente de bloco de carnaval.
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