Primo de jogador que doou coração a Faustão torce para que rim funcione e permita que órgão ‘bata por muito tempo’


André Batista da Silva falou sobre a vontade de conhecer Fausto Silva e que são falsas as notícias de que a família teria recebido dinheiro pelo coração, que foi transplantado no ano passado. Neste ano, em 26 de fevereiro, o comunicador recebeu um rim, que ainda não está funcionando. Após o transplante, Faustão agradeceu a família de Fábio pela chance de viver
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André Batista da Silva, primo do jogador de futebol de várzea que morreu em agosto, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e teve o coração doado para Fausto Silva, o Faustão, falou ao g1, nesta segunda-feira (18), sobre a torcida para que o rim transplantado no comunicador comece a funcionar e que ele tenha uma plena recuperação.
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“Espero que ele tenha vida longa, que esse coração bata por muito tempo e que esse rim que ele conseguiu possa suportar essa demanda”, disse André.
Faustão passou pelo transplante renal em 26 de fevereiro, mas foi submetido recentemente a uma embolização para resolver questões linfáticas que estavam atrasando sua recuperação. No procedimento, o fornecimento de sangue é interrompido propositalmente em uma parte do corpo, e é indicado em situações em que dificultam o funcionamento de algum órgão.
Nos últimos dias, a família do comunicador informou que, quando ele passou pelo transplante de coração, em agosto do ano passado, os rins já estavam comprometidos e ele estava fazendo hemodiálise. Faustão ficou na fila por um transplante de rim por dois meses.
Energias positivas
O primo do doador do coração transplantado em Faustão disse que espera que o apresentador tenha longevidade e se recupere rápido. “Que esteja com uma vida 100% e o coração 100% também. Só desejo coisas positivas a ele”.
André falou que o encontro com o apresentador não aconteceu, mas que seria muito bom vê-lo já recuperado. “Seria legal ter o contato dele, mas até agora não apareceu. Respeitamos o momento dele, que está passando por dificuldade”.
Segundo o primo, a família ficou bastante chateada com comentários nas redes sociais de que Faustão teria pagado pelo coração. “Isso é uma falta de consideração, respeito e humanidade. A gente tenta ajudar o próximo, independentemente se é uma pessoa famosa ou não”.
Fábio Cordeiro da Silva, de 35 anos, era conhecido no futebol de várzea da Baixada Santista
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Para ele, o primo Fábio ficaria decepcionado ao saber que estão inventando que o coração dele teria sido vendido. “Ele doou para outras pessoas terem uma vida boa, uma vida longa, uma vida melhor”.
André reforçou que outras pessoas foram beneficiadas com órgãos do primo, e que a família infelizmente não sabe quem são.
“Oramos e olhamos para que todas as pessoas que foram beneficiadas pelo órgão tenham positividade, melhora e longevidade”, finalizou.
Quem era Fábio?
Fábio Cordeiro da Silva, o jogador de futebol de várzea que morreu no dia 26 de agosto, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sonhava em ser atleta profissional e chegou a fazer testes em grandes times, como o Palmeiras. Ele morava em Mongaguá, no litoral de São Paulo.
Segundo a família, um dos órgãos que Fábio doou foi o coração. Entre 19 e 26 de agosto, foram realizados 13 transplantes de coração no país, sendo sete no estado de São Paulo, entre eles, o do apresentador Fausto Silva, mas o governo do estado não informou quem foi o doador de Faustão.
De acordo com o irmão dele, Flavio Cordeiro da Silva, faltaram oportunidades para que Fábio fizesse do futebol a carreira. “Ele sonhava [em ser profissional]. Tinha talento, mas, na época, tinha que ter muita sorte para seguir. Era mais difícil, precisava ter dinheiro, empresário”, explicou.
Fábio Cordeiro da Silva passou por diversos times do futebol de várzea do litoral paulista
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Morte
Fábio sofreu o AVC no dia 23 de agosto, enquanto trabalhava como azulejista em um apartamento em Santos. O jogador foi encontrado no dia seguinte, quando a equipe que trabalhava no local chegou e o encontrou consciente, mas com o lado direito do corpo paralisado.
Ele foi socorrido até a Casa de Saúde de Santos, onde foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passou por uma cirurgia no cérebro. A morte cerebral foi constatada na manhã do dia 26 e a família optou por doar os órgãos.
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Arte/g1
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