
Defesa de Vitor Lôbo confirmou soltura à TV Bahia. Empresário foi detido no dia 10 de março durante operação para desarticular organização criminosa. O homem preso na capital baiana foi identificado como Vitor Lobo.
Reprodução/TV Bahia
Quase 20 dias após a prisão, o empresário suspeito de vender maconha líquida foi solto em Salvador. Vitor Lôbo foi colocado em liberdade na última sexta-feira (28).
A informação foi confirmada pelo advogado dele, Alberto Carvalho, à TV Bahia. De acordo com o representante, a decisão foi tomada pela própria Polícia Civil, que não teria encontrado motivos para a conversão da prisão temporária em preventiva.
O advogado acrescenta ainda que Lôbo esclareceu “todos os pontos das acusações, provando com farta documentação”, e entregou o passaporte para demonstrar seu interesse em esclarecer a situação.
O g1 e a TV Bahia pediram um posicionamento à Polícia Civil, mas a instituição não respondeu até a publicação deste texto.
Suposta organização criminosa
Vitor Lôbo é dono de uma empresa autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a comercializar maconha líquida para fins medicinais. Mas, de acordo com a investigação, o material era usado de forma ilegal, como refil de cigarro eletrônico, o “vape”.
O empresário foi preso no último dia 10 de março, no Corredor da Vitória, área nobre de Salvador. Ele foi alvo de uma operação que pretendia desarticular uma organização criminosa, dedicada à venda de maconha líquida para o uso em vapes.
Na ocasião, outro homem também teve o mandado de prisão cumprido em São Paulo. Mas ele já estava preso por tráfico de drogas e armas.
LEIA MAIS
Quase 10 kg de droga conhecida como ‘supermaconha’ são apreendidos no Aeroporto de Salvador
Quem é ‘Dona Maria’, mulher apontada como maior traficante de drogas e armas da Bahia
O Assunto #1326: Vape – os riscos mortais do cigarro eletrônico
Ao todo, 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo 21 em Salvador, dois no Paraná e um em São Paulo. A Polícia Civil informou que o material apreendido foi encaminhado à perícia.
As investigações começaram em outubro de 2024. Desde então, o inquérito é conduzido pela Polícia Civil da Bahia, mas, ao final das apurações, o caso será encaminhado à Justiça Federal, conforme solicitação do Ministério Público Federal (MPF).
Presidente de associação preso
Presidente de associação de tratamento médico com maconha é preso suspeito de venda da substância para ‘vape’ na Bahia
Reprodução/Redes Sociais
Um dia antes da soltura de Lôbo, na quinta-feira (28), o presidente de uma associação de tratamento médico com uso da maconha também foi preso. Rafael Gomes dos Santos Oliveira se apresentou na sede do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), em Salvador, acompanhado de um advogado.
Ele era procurado há uma semana por suspeita de participar do esquema criminoso. Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o homem falsificou documentos para comprar derivados da cannabis de forma irregular.
À TV Bahia, a defesa do suspeito disse que ele se apresentou espontaneamente, já prestou declarações, esclareceu todos os fatos e está custodiado aguardando o encerramento do inquérito.
Homem é preso por vender maconha para vape
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia