
O Microempreendedor Individual (MEI) é uma categoria criada em 2008 com o objetivo de formalizar pequenos negócios e trabalhadores autônomos no Brasil. Essa iniciativa permite que empreendedores tenham acesso a uma carga tributária reduzida e a um sistema simplificado de recolhimento de impostos, conhecido como Simples Nacional. Para se cadastrar como MEI, o empreendedor deve respeitar um limite de faturamento anual, que atualmente é de R$ 81 mil.
Além disso, o MEI está autorizado a contratar apenas um funcionário. Caso o faturamento anual do negócio ultrapasse o limite estabelecido, o empreendedor deve migrar para a categoria de Microempresa (ME), o que implica em um regime tributário mais complexo e oneroso.
Por que há discussões sobre o aumento do limite de faturamento do MEI?
Desde 2021, o Congresso Nacional debate a possibilidade de aumentar o teto de faturamento do MEI. Essa discussão é impulsionada pela necessidade de ajustar o limite às condições econômicas atuais e às perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos anos. A proposta de aumento do limite é vista como uma forma de permitir que mais empreendedores permaneçam na categoria MEI, evitando a migração para regimes tributários mais complexos.
Atualmente, existem três propostas principais em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados. Essas propostas sugerem diferentes formas de reajuste do limite de faturamento, incluindo a correção automática com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a possibilidade de contratação de mais funcionários.
Quais são as propostas em discussão para o MEI?
As propostas em discussão no Congresso Nacional para o aumento do limite de faturamento do MEI são:
- PLP 108/2021: Propõe elevar o limite de faturamento anual de R$ 81 mil para R$ 130 mil e permitir a contratação de até dois funcionários.
- PLP 261/2023: Sugere um reajuste automático do limite de faturamento com base no IPCA, corrigindo as perdas inflacionárias desde 2018. Se aprovado, o novo limite seria de R$ 147.451,84 em 2025.
- PLP 24/2024: Prevê o aumento do teto para R$ 120 mil, com ajustes anuais baseados na inflação medida pelo IPCA.

Por que a mudança no limite de faturamento é importante para os MEIs?
A ampliação do limite de faturamento é vista como uma medida crucial para muitos microempreendedores. Atualmente, cerca de 25% dos MEIs ultrapassam o limite de R$ 81 mil, o que os obriga a migrar para a categoria de Microempresa, enfrentando multas e um regime tributário mais complexo. Com o aumento do teto, mais empreendedores poderiam manter suas atividades formalizadas, garantindo maior estabilidade financeira e previsibilidade para o crescimento dos negócios.
Além disso, a possibilidade de contratar um segundo funcionário, como proposto no PLP 108/2021, pode beneficiar setores que demandam mais mão de obra, como alimentação, comércio e serviços, impulsionando a geração de empregos e fortalecendo pequenos negócios.
Quais são os desafios para a aprovação das mudanças no MEI?
A aprovação das propostas enfrenta desafios políticos e econômicos. O governo expressa preocupação com a possível perda de arrecadação que as mudanças poderiam causar. Além disso, a falta de apoio de parlamentares da base governista tem atrasado a análise e aprovação das propostas. No entanto, o Ministério do Empreendedorismo reconhece a necessidade de revisão do teto de faturamento e está estudando alternativas viáveis para apresentar ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil.
Essas discussões são fundamentais para garantir que o regime do MEI continue a ser uma ferramenta eficaz de formalização e incentivo ao empreendedorismo no Brasil, adaptando-se às condições econômicas e às necessidades dos microempreendedores.
O post Atenção MEIs, o limite de faturamento em R$ 130 mil já aprovado é fake! Ainda é uma proposta em análise! apareceu primeiro em BM&C NEWS.