Governo argentino tira o capítulo fiscal da lei omnibus para facilitar aprovação, diz ministro


A lei omnibus é um pacote abrangente de reformas que vai desde aumentos de impostos até privatizações que enfrentou obstáculos para sua aprovação porque o partido governista tem minoria nas duas casas do Congresso. Cerca de um milhão e meio de pessoas participaram de greve nacional na Argentina
O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, disse nesta sexta-feira (26) que o governo decidiu retirar o capítulo fiscal da chamada lei omnibus, que gerou um grande debate com governadores e parlamentares da oposição, para facilitar e acelerar sua aprovação no Congresso.
Apesar de retirar a parte fiscal da proposta, que incluía uma reforma no cálculo das pensões, uma externalização de ativos não declarados e um aumento de impostos, o governo mantém o objetivo de alcançar o equilíbrio fiscal, disse Caputo em entrevista coletiva na Casa Rosada, em Buenos Aires.
“Isso não significa, de forma alguma, que vamos abandonar nosso compromisso de alcançar o equilíbrio fiscal, nossa meta de déficit zero”, disse Caputo.
“O que estamos buscando é levar tranquilidade para as pessoas e os diferentes atores econômicos de que as duas coisas vão ocorrer: não se vai deixar de cumprir a meta de déficit zero e, ao fazer isso, facilitaremos a aprovação da parte mais importante da lei”, afirmou.
A lei omnibus é um pacote abrangente de reformas que vai desde aumentos de impostos até privatizações que enfrentou obstáculos para sua aprovação porque o partido governista tem minoria nas duas casas do Congresso.
O presidente libertário Javier Milei, que assumiu o cargo em dezembro, tenta reanimar a terceira maior economia da América Latina, que tem uma das taxas de inflação mais altas do mundo e um nível de pobreza de mais de 40%.
Caputo, que confirmou que assumirá a área de infraestrutura em seu portfólio após a saída do ministro Guillermo Ferraro, disse que, após uma inflação de mais de 200% em 2023, a alta de preços diminuiu “acentuadamente” nas últimas duas semanas.
Javier Milei
Tomas Cuesta/Reuters
Adicionar aos favoritos o Link permanente.