A mulher que teria ingerido veneno com o marido em Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina, seria portadora de uma doença degenerativa sem cura, segundo vizinhos do casal. O caso do possível envenenamento foi registrado na noite desta quarta-feira (26), no Centro da cidade.
Casa onde casal mora fica no Centro da cidade – Foto: NDTV
De acordo com o portal JMais, o marido seria policial militar aposentado. Conforme apurado junto a pessoas que moram próximo ao casal, o homem sempre foi muito dedicado com os cuidados à esposa.
Marido e mulher estão internados no Hospital Santa Cruz de Canoinhas, e o quadro de saúde de homem é estável. A mulher, porém, tem situação mais delicada. Ela já sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e segue internada.
Ainda conforme o portal JMais, o homem apresenta comportamento depressivo e se recusa a conversar sobre o caso. A reportagem do portal ND Mais procurou a Polícia Civil de Canoinhas e solicitou informações sobre a investigação, mas até o momento, não houve retorno.
Vizinho acionou socorro após desconfiar que algo tivesse ocorrido
O caso aconteceu na rua Marechal Floriano, por volta das 19h, após um vizinho olhar pelo quintal e notar a porta da casa escancarada. Ele acionou o Corpo de Bombeiros, que rapidamente chegou ao local.
Os socorristas encontraram a mulher desmaiada, enquanto o homem, embora consciente, estava desorientado. Durante o atendimento, ele revelou aos bombeiros que havia dado estricnina – veneno comum contra ratos – à esposa e, em seguida, também ingeriu o veneno.
Frasco que pode ser de veneno foi encontrado
No local foi encontrado um frasco sem rótulo e um copo, indícios que reforçaram a versão do homem. As vítimas foram levadas ao Hospital de Canoinhas em estado crítico e precisaram ser entubados.
Até o momento, não há informações sobre a motivação do envenenamento, mas o caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.
O que é veneno que teria sido ingerido pelo casal?
A substância deriva de plantas do gênero Strychnos, principalmente a noz-vômica (Strychnos nux-vomica) e é citada até na música “Tiro ao Álvaro”, de Adoniran Barbosa. No Brasil, seu uso é proibido e só pode ser manipulada em laboratórios específicos e com rigoroso controle, conforme portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de maio de 1998.
Entre os principais sintomas gerados pela intoxicação com a estricnina estão convulsões, ansiedade, tremor, vômitos e febre alta. A vítima também sente estamos musculares pelo corpo. A morte é causada por asfixia, decorrente de uma paralisia no sistema de controle da respiração, ou até mesmo por exaustão por conta das convulsões.
