Anéis e colares dentro de melão: ex-vereadora Pamela Volp mandou advogado esconder joias em fruta enquanto ela está presa, diz MPMG


O Ministério Público de Minas Gerais denunciou Volp e o companheiro por ocultarem as joias. Anéis, colares, pingentes e outras peças foram entregues ao MPMG pela irmã de Pâmela durante depoimento em outubro de 2023. Joias de Pâmela Volp são apreendidas em Tupaciguara
Divulgação
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou Pâmela Volp e o companheiro dela por terem movimentado e ocultado joias que pertencem a ex-vereadora de Uberlândia. Em outubro de 2021, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apreendeu cerca de 70 peças que estavam escondidas em Tupaciguara.
Pâmela está presa há quase dois anos devido à operação “Libertas”, que investigava a exploração sexual de travestis e transexuais. Ela também já foi condenada por outros crimes, como extorsão e roubo.
A reportagem procurou as partes envolvidas e aguarda retorno.
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A denúncia
Segundo o MPMG, para ocultar o patrimônio obtido de forma ilegal, Pâmela orientou o advogado dela a mover os materiais, avaliados em mais de R$ 300 mil. Na casa da ex-vereadora, com a ajuda do companheiro de Pâmela e de uma empregada doméstica, o homem encontrou parte das joias escondidas em uma gaveta no banheiro.
Em seguida, o advogado pegou um melão que estava na cozinha, fez um corte e escondeu parte das joias dentro da fruta.
As peças ficaram com o advogado por mais de um ano, até que ele as entregou para uma amiga de Pâmela. Ela transferiu as joias para uma casa desocupada que pertence à mãe da ex-vereadora em Tupaciguara.
Ainda conforme a denúncia, as joias só foram apreendidas quando a irmã de Pâmela as entregou para o MPMG ao prestar depoimento. Entre os itens recolhidos estão 14 colares, 9 pulseiras, 7 anéis, 19 pares de brinco, 17 pingentes e 17 pedrarias.
Pâmela e o companheiro foram denunciados por ocultação de bens. O órgão pediu a fixação de valores mínimos para a reparação dos danos morais ao Estado de Minas Gerais e o recolhimento das joias da ex-vereadora.
Ainda segundo a promotoria, o advogado e a irmã de Pâmela não foram denunciados por terem acordo de não-persecução penal.
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A ex-vereadora Pâmela Volp teve o mandato cassado na Câmara de Uberlândia
PREP
Crimes e prisão
Pâmela Volp é suspeita de comandar um esquema criminoso desde 1992. Entre os delitos cometidos pela quadrilha estão associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça e posse e porte de arma de fogo.
Ela também é investigada por criar um sistema de extorsão dentro do Presídio Professor Jacy de Assis. Na ocasião, foi apurado que ela vendia produtos como cigarros, material de limpeza, comida e estabelecia juros para os “clientes”.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, Pâmela também causou intenso sofrimento psicológico e físico a uma travesti dentro do presídio.
Ela foi vereadora em Uberlândia, mas teve o mandato cassado em 2020 após a operação “Má Impressão”, que apurou esquema de desvio de verbas de gabinete por meio de gráficas.
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