Hospital da Unimed realiza primeira Oclusão de CIV por método percutâneo do Piauí


Oclusão de Comunicação Interventricular (CIV) por método percutâneo é indicado para alguns casos de cardiopatia congênita. O Hospital de alta complexidade da Unimed Teresina (Hospital Unimed Primavera – HUP) foi pioneiro mais uma vez. No último dia 19 de janeiro, foi realizado no HUP a primeira oclusão de Comunicação Interventricular (CIV) por método percutâneo do Piauí.
O procedimento consiste em colocar uma prótese na abertura que comunica o ventrículo esquerdo com o direito que deveria estar fechada. A correção de CIV é realizada por uma punção na virilha (via femoral na perna) e é um procedimento minimamente invasivo.
O Dr. Antenor Portela (CRM 1390), cardiologista responsável pelo procedimento, explica que a comunicação interventricular é um defeito congênito, ou seja, o paciente nasce com ele: “É uma cardiopatia congênita frequente, consiste em um defeito da formação do coração. Quando isso acontece pode se formar “um buraco” entre duas cavidades do coração, que é chamado de comunicação interventricular (CIV). Quanto maior o tamanho da CIV maior a repercussão para a criança. Esse problema pode ocasionar falta de ar, dificuldades de alimentação, baixo crescimento e pneumonias de repetição”, detalha.
A oclusão foi feita em uma paciente sindrômica (portadora de Síndrome de Down) de 14 anos com quadro de CIV. A indicação pelo tratamento por método percutâneo teve o objetivo de minimizar riscos e para uma rápida recuperação.
“O Hospital da Unimed saiu na frente, fazendo o primeiro caso no Piauí. O tratamento mais tradicional é com cirurgia cardíaca de “peito aberto”, que é uma grande cirurgia. Optamos pelo tratamento do CIV por meio do cateterismo cardíaco, que é um procedimento menos invasivo, feito através de cateteres introduzidos na região da virilha para fechar o defeito. Nesse procedimento a recuperação é muito mais rápida, ficando o paciente só dois dias no hospital”, revela o cardiologista.
Além disso, o paciente não fica com nenhuma cicatriz, diferente da cirurgia cardíaca tradicional que deixa uma grande cicatriz no peito. “Agora nossa paciente terá mais qualidade de vida e não vai precisar realizar nenhum tratamento invasivo, somente o acompanhamento clínico”, pontua o médico.
Para a família, o tratamento da cardiopatia é uma mudança de vida. “Agora é só se recuperar com mais saúde e sem nenhum problema no coração. Essa é a nossa expectativa”, afirma Maria Alice, mãe da paciente.
Participaram do procedimento: cirurgião – Antenor Portela; 1º auxiliar – Mauro Guimarães (CRM 3254); Anestesista – Lindolfo Galvão (CRM 1997); Instrumentador – Ronnie Whany; Circulante – Raimundo Igreja; Enfermeiro – Rômulo Campelo; Tecnólogo – Wellington Cabral e Coordenador – Hildefonso de Paula.
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