Aurelia Nobels, a piloto ‘’brasileira’’ na academia da Ferrari

Aurelia Nobels, a piloto ‘’brasileira’’ na academia da FerrariThays Silva

Aos 18 anos, piloto da Ferrari sonha em correr na Fórmula 1 

A jovem piloto belga naturalizada brasileira, Aurelia Nobels, de apenas 18 anos, pode ser a próxima a desafiar a predominância masculina nas pistas, abrindo caminhos para mais mulheres e meninas no automobilismo. ‘’Não me incomoda ser a única mulher no grid, pois sei que posso abrir portas para outras meninas’’, afirmou ela em uma entrevista.

Aurelia chegou na Itália para disputar a Fórmula 4 na Europa, e se sente cada vez mais próxima de realizar o sonho de se tornar piloto da Fórmula 1. Ela foi a única mulher a competir na Fórmula 4 e no Brasil conquistou o programa Girls on Track – Rising Stars, promovido pela FIA (Federação Internacional do Automobilismo) em parceria com a Ferrari. 

Uma mulher não participa de forma oficial da F1 desde 1976, com Lella Lombardi, e uma brasileira deu um passo importante para tentar quebrar esse incômodo tabu. Filha de belgas e com residência no Brasil desde a sua infância, Aurélia superou 16 competidores de todo mundo em seletiva realizada em Maranello, na sede da Ferrari, e também em teste de pistas em Paul Ricard, na França. A belga-brasileira agora é oficialmente piloto do Ferrari Driver Academy (FDA), o mesmo que levou pilotos como Charles Leclerc ao posto de titular da tradicional equipe italiana. 

A carreira internacional não chega a ser novidade, no Kart após conquistas no Brasil, ela se classificou para etapas do Europe Kart, andando no top-15 entre quase cem pilotos, e também no Mundial de Kart, em Portugal, em 2020. Em 2021, ela terminou na quarta colocação a 56° edição do Brasileiro de Kart. 

“Meu sonho é chegar na F1 e mostrar que as mulheres podem competir de igual para igual com qualquer piloto”, diz Aurelia, que tem como grande ídolo nas pistas Ayrton Senna. Aliás, é da época do auge do tricampeão mundial a última tentativa de uma mulher conseguir uma vaga no grid: em 1992, com Giovanna Amati, que não conseguiu se classificar com sua Brabham. Para Aurelia, o ideal é mesmo seguir acelerando e se inspirar na garra, determinação e dedicação de seu ídolo Senna para ter chance de sucesso nesta árdua jornada para colocar de volta a presença feminina no grid da F1.

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