Haddad diz que 2024 teve déficit de 0,1% e estima PIB em 3,6%

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (7/1) que as contas públicas registraram déficit de 0,1% em 2024 e o crescimento da economia, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), é estimado em 3,6%.

“Nós vamos terminar o ano 0,1% [de déficit], a segunda casa pode variar devido o PIB variar”, disse Haddad em entrevista à Globo News.

“Hoje, o Ministério da Fazenda estima em 3,6% o crescimento do PIB. Diante disso, estamos com 0,1% de déficit, sem o RS, com o Rio Grande do Sul com 0,37% [de déficit]”, completou.

“Crescemos 7% em dois anos. É o maior crescimento desde 2011”, disse ele, fazendo menção à soma do PIB dos anos de 2023 e 2024.

Haddad disse que se duas medidas provisórias enviadas pelo presidente Lula não tivessem sido devolvidas pelo Congresso, o país registraria um superávit já no ano de 2024. “Mas enfim, estamos numa democracia, felizmente, e temos que conviver com esse tipo de contratempo”.

Desde 2023, o governo buscou ampliar a base de arrecadação para atingir a meta de déficit zero. O arcabouço fiscal (a nova regra de controle dos gastos públicos) traz um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos, permitindo que a meta seja cumprida ainda se for registrado um déficit que, em 2024, corresponde a cerca de R$ 28,7 bilhões. Sendo assim, um déficit de 0,1% fica dentro do intervalo de tolerância.

São excluídos do cômputo os R$ 38,6 bilhões em créditos extraordinários destinados para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul.

Também não são considerados para fins de cumprimento da meta fiscal os R$ 514,5 milhões direcionados para o combate a incêndios, principalmente no pantanal e na na Amazônia, nem o crédito extraordinário de R$ 1,35 bilhão em favor do Judiciário e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

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