Collor faz acordo e parcela em 48x dívida de R$ 138 mil em IPTU de mansão em Campos do Jordão


Após acordo, Prefeitura de Campos do Jordão pediu suspensão de processo com ordem de penhora da mansão. Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido. Mansão de Fernando Collor em Campos do Jordão (SP)
Juliana Sever/TV Vanguarda
O ex-presidente Fernando Collor fez um acordo e parcelou em 48 vezes o pagamento de uma dívida de R$ 138 mil em Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de uma mansão de sua propriedade em Campos do Jordão, tradicional destino de inverno paulista.
A casa de luxo avaliada em R$ 10,5 milhões é alvo de uma ordem de penhora por causa da dívida. Por causa do acordo, a Prefeitura de Campos do Jordão solicitou a suspensão do processo à Justiça, que ainda não se manifestou sobre o pedido.
Além desse processo, o imóvel já havia sido penhorado pela Justiça do Trabalho de Maceió (AL), em um processo por causa de uma dívida trabalhista de R$ 410 mil, movido por um ex-funcionário de uma empresa de comunicação de Collor – leia mais abaixo.
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O acordo entre Collor e a Prefeitura para pagamento da dívida foi homologado pela administração municipal em 19 de dezembro. O pagamento será parcelado em 48 vezes, a última delas com vencimento em 20 de outubro de 2028.
Na ação, a administração alega que o imóvel acumula débito de R$ 138 mil por não pagamento por três anos – 2018, 2019 e 2020 – do IPTU da mansão localizada na avenida Alameda Jade, em uma região de área verde conhecida como Parque Pedra do Baú. O valor considera também multas e juros.
Mansão de Fernando Collor em Campos do Jordão (SP)
Juliana Sever/TV Vanguarda
Em agosto de 2023, a Justiça havia determinado o pagamento da dívida, sob pena de penhora de bens do casal. O pagamento não foi feito e, por isso, em fevereiro deste ano, a prefeitura pediu o bloqueio de ativos financeiros de Fernando Collor e da esposa.
Em maio, a Justiça acatou o bloqueio, mas a medida não teve efeito pois não foram encontrados ativos financeiros no Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (SISBAJUD).
Por conta disso, a penhora da mansão de Campos do Jordão havia sido determinada pelo juiz Mateus Veloso Rodrigues Filho. Com o acordo, a prefeitura pediu a suspensão do processo.
▶️ A penhora de um imóvel acontece quando um devedor não paga uma dívida. A Justiça, então, determina a penhora do bem para quitação do valor.
Chácara de R$ 10 milhões do ex-presidente Fernando Collor é penhorada em Campos do Jordão
Reprodução/Google Street View
Fernando Collor de Mello foi presidente do país de 1990 a 1992 e senador por Alagoas de 2007 até 2023. O g1 tenta contato com a defesa dele.
O g1 também acionou a Prefeitura de Campos do Jordão, mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.
Mansão de Fernando Collor em Campos do Jordão (SP)
Juliana Sever/TV Vanguarda
Fernando Collor em imagem de 5 de fevereiro de 2020
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo/Arquivo

Mansão em Campos do Jordão
A mansão do ex-presidente Fernando Collor fica na avenida Alameda Jade, em uma região de área verde conhecida como Parque Pedra do Baú.
Segundo avaliação de um oficial de justiça de Maceió, onde há um outro processo com penhora do imóvel, a chácara fica em rua de terra, com bom acesso, a cerca de oito quilômetros de distância do Capivari – centro turístico de Campos do Jordão.
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O imóvel tem área de 9,7 mil metros quadrados. A casa principal no terreno tem mais de 700 metros quadrados e conta com sete suítes, salão de jogos, sala de estar, adega, sala de jantar, cozinha, quarto de empregada, entre outros cômodos.
Mansão de R$ 10 milhões de Fernando Collor é penhorada em Campos do Jordão
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