Fernanda Torres leva prêmio de ‘Melhor Atriz em Drama’ no Globo de Ouro

F

ernanda Torres fez história no Globo de Ouro ao levar o prêmio da noite deste domingo (5), na categoria de Melhor Atriz em Drama. A premiação celebrou as produções mais marcantes dos últimos meses e o longa brasileiro, dirigido por Walter Salles, foi prestigiado e trouxe reconhecimento do cinema brasileiro.

“Eu não preparei nada porque eu já estava muito grata. Esse ano é tão incrível, estou junto com atrizes tão talentosas. E, claro, queria agradecer a meu parceiro Walter Salles. E gostaria de dedicar esse prêmio à minha mãe, que estava aqui há 25 anos atrás”, disse, ao receber o prêmio.

Torres disputou o troféu com Angelina Jolie, por Maria (em que interpreta a cantora Maria Callas), Nicole Kidman, por Babygirl, Tilda Swinton, por O Quarto Ao Lado, Pamela Anderson, por The Last Showgirl, e Kate Winslet por Lee.

Ainda Estou Aqui também é um forte concorrente ao Oscar 2025. O longa foi pré-selecionado na categoria de filme internacional da premiação.

Em 1999, o diretor do longa, Walter Salles, concorreu à premiação com o longa Central do Brasil e Fernanda Montenegro, mãe de Torres, disputou a estatueta de Melhor Atriz por sua performance no enredo. À época, ela perdeu para Gwyneth Paltrow, que venceu por Shakespeare Apaixonado.

Em entrevista ao site Deadline, o diretor comentou como é estar de volta na temporada de premiações internacionais. “É um momento emocionante porque, há 25 anos, Fernanda Montenegro foi indicada por Central do Brasil”, recordou.

“Este ano, isso acontece novamente com um filme que é muito querido por nós, e Fernanda também é reconhecida, assim como sua mãe foi, o que torna este momento muito único para nós”, completou.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o Ainda Estou Aqui narra a trajetória de Eunice Paiva, sua mãe, vivida por Fernanda Torres.

Mãe de cinco filhos, Eunice enfrenta o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello, durante a ditadura militar brasileira nos anos 1970. Ela se torna um dos principais nomes de luta pelos direitos indígenas e, também, pelo direito à memória e reconhecimento da violência provocada pelo estado naquele período.