Chileno Gabriel Boric visita Antártida e reivindica soberania

O presidente do Chile, Gabriel Boric, realizou uma viagem histórica ao Polo Sul e reafirmou a “reivindicação de soberania” do país latino a parte da Antártida. Durante a passagem do líder chileno pela região, ele destacou a importância de realização de estudos científicos no local para combater as mudanças climáticas.

“Do Polo Sul, num dia histórico para o Chile, quero destacar as enormes capacidades do nosso país e o papel decisivo que desempenhamos na preservação da Antártica como um continente de ciência e paz”, escreveu Boric em uma publicação na rede social X.

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Reprodução/X

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O presidente chileno viajou à Antártida acompanhado de um grupo de cientistas e membros do governo, como os ministros das Forças Armadas e do Meio Ambiente.

“É um orgulho ser o primeiro presidente da América do Sul a chegar a este ponto do planeta, um marco que nos permite posicionar-nos como a principal porta de entrada do mundo para a Antártica e ser um exemplo de cooperação internacional, tão necessária para enfrentar os desafios como a crise climática que já afeta a nossa vida quotidiana”, continuou Boric na publicação.

Além do Chile, outros países reivindicam parte da Antártida, como Reino Unido, França, Noruega, Nova Zelândia e Argentina.

Tratado da Antártida

O Tratado da Antártida foi firmado em 1º de dezembro de 1959, em Washington, nos Estados Unidos. Ele tem como objetivo proibir qualquer forma de militarização do território e destinar o local para atividades pacíficas. O Brasil se tornou membro em 1975.

Um dos principais pontos do tratado é a promoção científica internacional, incluindo a troca de informações, assim como veda a exploração nuclear.

As atividades brasileiras são realizadas na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), na ilha do Rei George. A partir deste local, o Ministério do Meio Ambiente é responsável por uma pesquisa de monitoramento ambiental para a região.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou a EACF em 2007, acompanhado da então primeira-dama Marisa Letícia, e dos ministros da época da Defesa, Nelson Jobim, da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e do comandante da Marinha, Júlio Moura Neto.

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