Febre Oropouche: Piau é a segunda cidade de MG com mais casos confirmados da doença


Município da Zona da Mata mineira registrou, até o momento, 74 infectados, ficando atrás apenas de Joanésia, com 140 notificações. Veja quais são os sintomas e como se prevenir. Febre de Oropouche pode ser transmitida pela picada de maruim e pernilongo
Dive/Divulgação
A cidade de Piau, na Zona da Mata mineira, registrou 74 casos confirmados de febre Oropouche, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. O município é o segundo de Minas Gerais com o maior número de infectados, atrás apenas de Joanésia, que tem 140 notificações.
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A febre Oropouche é uma doença viral transmitida pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido como ‘maruim’ ou ‘mosquito-pólvora’, entre outras denominações, e é considerada uma arbovirose, assim como a dengue e a chikungunya.
Oropouche: entenda origem, sintomas e tratamento
Além de Piau, há casos confirmados em Juiz de Fora, Bom Jardim de Minas, Coronel Pacheco e Tabuleiro, todos com um registro em cada.
Já em Minas Gerais, o número de notificações chegou a 269, conforme dados atualizados pela SES-MG na quarta-feira (1º). Além desses, foram confirmados três por laboratório da rede particular em Belo Horizonte, de pessoas residentes no município de Botuverá, em Santa Catarina, já notificados ao estado.
Febre Oropouche: Piau é a segunda cidade de MG com mais casos da doença
❓❔ Como surgiram os primeiros casos na cidade
Segundo o secretário de Saúde de Piau, Roger Hungria de Paula, a população começou a apresentar sintomas de febre alta, parecidos com a dengue.
“Tivemos 136 notificações de dengue, só 11 foram positivas. Testamos para zika e o resultado foi negativo. Tivemos uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que nos orientou a testar esses casos para a febre Oropouche”, explicou.
Na ocasião, a pasta enviou 25 amostras para o órgão federal para análise, das quais 21 apresentaram resultado positivo para a doença.
Na próxima semana, ainda conforme Roger Hungria, o Ministério da Saúde irá até a cidade avaliar a situação. O g1 entrou em contato com a Fiocruz para mais detalhes e aguarda retorno.
A doença em números em Piau:
102 amostras foram testadas, desse total, foram 74 positivas;
14 estão em análise;
25 aguardam envio para análise.
Piau, foto de arquivo
Prefeitura Municipal de Piau/ Divulgação
❔ O que é a febre?
A febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Após picarem uma pessoa ou animal infectado, eles mantêm o vírus no sangue por alguns dias. Quando picam outra pessoa saudável, podem transmitir o vírus.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença tem dois ciclos de transmissão. São eles:
Ciclo Silvestre:
Neste processo, os animais, como bichos-preguiça e macacos, são os reservatórios do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Culex diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem ser responsáveis pela transmissão. No entanto, o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor.
Ciclo Urbano:
Aqui, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O maruim também é o vetor principal. Além disso, o mosquito Culex quinquefasciatus (conhecido como pernilongo ou muriçoca), comum em ambientes urbanos, também pode, ocasionalmente, transmitir o vírus.
❓ Quais são os sintomas?
dor de cabeça;
dor muscular;
dor nas articulações;
náusea;
e diarreia.
*Igual os da dengue e chikungunya.
🏥 Doença não tem tratamento
Embora a febre do Oropouche possa causar complicações sérias, como meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central, esses casos são raros.
Apesar disso, ela NÃO tem tratamento específico – assim como a dengue.
O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem, recebam tratamento para os sintomas e sejam acompanhados por médicos.
🔎 Prevenção
Evitar áreas com muitos mosquitos, se possível;
Usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele;
Manter a casa limpa, eliminando possíveis locais de reprodução de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
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