Chiquinho Brazão pode deixar prisão para fazer exame no coração, autoriza Moraes

Alexandre de Moraes, ministro do STFValter Campanato/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta quarta-feira (2) o deputado federal Chiquinho Brazão a sair da prisão temporariamentepara realizar um exame médico cardíaco.

A consulta será feita em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, com um cardiologista escolhido pelo parlamentar. A decisão estabelece que a escolta durante o deslocamento ficará sob responsabilidade da Polícia Federal.

A defesa de Chiquinho Brazão deverá informar ao STF a data, hora e local do exame com, no mínimo, cinco dias de antecedência. O pedido inicial apresentado pelos advogados do deputado era para que ele fosse colocado em prisão domiciliar no Rio de Janeiro, onde seria submetido a uma cirurgia cardíaca.

No entanto, a Procuradoria-Geral da República manifestou oposição, sugerindo que a consulta médica ocorresse dentro da própria penitenciária. A PGR argumentou que não identificou debilidade física suficiente para justificar a saída do parlamentar da prisão.

Relatório médico

Um relatório médico elaborado no final do ano passado por profissionais da penitenciária federal de Campo Grande aponta que o deputado enfrenta um quadro de saúde delicado.

Segundo o documento, ele apresenta risco cardiovascular elevado, possibilidade de insuficiência renal, além de oscilações no controle de diabetes e hipertensão. O relatório ainda alerta para a possibilidade de morte súbita, considerando a gravidade de suas condições.

Apesar de o presídio oferecer assistência médica regular, os especialistas recomendam que, em casos de emergência, o deputado seja transferido para um hospital.

O documento foi anexado a um pedido de soltura, apresentado ao STF com base no estado de saúde do parlamentar. O laudo, entretanto, não sugere explicitamente a necessidade de libertação, deixando a análise da questão a critério da Corte.

Prisão de Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão está preso preventivamente desde março, sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018.

O deputado é acusado de ser um dos mandantes do crime, mas nega as acusações. Sua prisão foi determinada pelo próprio ministro Alexandre de Moraes.

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