Crossover sem concessões

Crossover sem concessõesEduardo Rocha

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Novo BMW X3 M50 chega em 2025 mais esportivo e sem abrir mão do conforto

por Mauricio Juárez

Autocosmos.com/México

Exclusivo no Brasil para Auto Press

A BMW tem se caracterizado ultimamente por tomar decisões de design bastante controversas. E a quarta geração do X3 certamente aderiu a essa tendência, embora tenha proporções e perspectivas que realmente funcionam. Outra novidade é a nova versão avaliada M50 xDrive, que substitui a atual X3 M40i de terceira geração, que inclusive era a versão montada em Araquari, Santa Catarina – a versão híbrida plug-in xDrive 30e vinha da Alemanha. Já o X3 M50 de nova geração, embora não seja eletrificado, chega importado ao Brasil no primeiro semestre de 2025 e, embora seja provável, marca alemã não confirmou até agora que vá ser produzida na fábrica brasileira.

Com esta nova geração. a BMW buscou um design mais monolítico, pois possui traços mais suaves e linhas menos marcadas na carroceria. O que mais chama a atenção é a trama de grade, faróis, lanternas e rodas. Ainda mais nessa versão de topo, que ganha detalhes mais esportivos, até para acompanhar o aumento no poderio mecânico. O motor 3.0 com seis cilindros em linha agora gera 398 cv, contra 382 do antigo M40i – o torque permaneceu em 51 kgfm.

Nas medidas, o novo X3 ficou maior. Tem 7 cm a mais no comprimento, com 4,78 metros, 2 cm a mais na largura, com 1,92 m. A altura, ao contrário, perdeu quase 2 cm, com 1,66 m, e o entre-eixos se manteve em 2,87 m. Já o porta-malas cresceu de 450 para 570 litros, enquanto a distância livre para o solo cresceu 0,4 cm e agora fica em 20,8 cm. O modelo testado trazia enormes rodas opcionais de 21 polegadas, que se encaixam muito bem no estilo do SUV e também permite ver melhor as pinças de freio em vermelho com o emblema BMW M.

O interior tem a alta qualidade de acabamento típico dos modelos da marca, mas contrariando a tradição os designers optaram por remover o maior número possível de botões. Isso deu ao novo X3 um aspecto atual e futurista, com uma mudança no conceito de uso bastante perceptível. Mas todo esse minimalismo certamente ajuda a manter os custos de produção baixos.

O painel agora é muito mais simples, com relevos mínimos, mas mantendo materiais dignos de um BMW. Todo o SUV parece de ótima qualidade. Agora o destaque é a grande moldura central que abriga duas telas; uma de 14,9 e outra de 12,3 polegadas. A maior é o da central multimídia que possui um dos melhores sistemas operacionais em termos de fluidez, animações, personalização e utilidade.

Um ponto negativo é que a BMW removeu tantos botões e os substituiu por recursos na tela que até mesmo saídas de são controladas por painéis de toque na porta. E assim tudo exige mais etapas e atenção do que antes. Já a iluminação ambiente desempenha um grande papel nesses novos automóveis tecnológicos. O painel de instrumentos permanece personalizável e claro, o head-up display extremamente útil e fácil de ler. Por fim, o interior foi melhorado com mais espaço nas portas e console central e outros nichos para objetos.

Desde o ar condicionado automático dual-zone, o carregador de celular sem fio e as telas são de alta qualidade. O sistema de áudio Harman/Kardon é de primeira linha, os assentos são confortáveis e têm um ótimo apoio lateral e há ainda a possibilidade de personalizar muitas coisas. Tudo isso, de certa forma, justifica os preços salgados da tabela de um carro desse estilo. No Brasil, o antecessor M40i ainda está sendo oferecido R$ 604.950. O mais provável é que o novo X3 M50 reflita a especulação em torno do dólar e chega por valores bem mais altos, acima de R$ 700 mil.

Impressões ao dirigir

Precisão e conforto

O design exterior é subjetivo, mas quando se fala de engenharia e elementos realmente tangíveis e verificáveis, fica claro que a BMW ainda sabe como gerar um manuseio preciso, mesmo em veículos que normalmente não são projetados para desfrutar de esportividade. E mesmo que esta quarta geração do X3 use a plataforma da terceira geração, houve uma intervenção para aumentar a rigidez em todos os sentidos. E a nova calibração de suspensão e eletrônica deixou a condução mais agradável, sem sacrificar o conforto que caracteriza um crossover.

Sob o capô está o velho conhecido e bem-afamado motor de seis cilindros em linha biturbo de 3.0 litros, que agora oferece 398 cv, com 51 kgfm de torque. A mesma potência chega às quatro rodas através de uma caixa automática ZF de 8 velocidades. Este motor emociona tanto pelo som quanto pela resposta. Ele pode impulsionar o X3 M50 de zero a 100 km/h em 4,6 segundos e empurrá-lo até 250 km/h. Apenas a caixa de câmbio no modo totalmente manual tende a ter um pequeno atraso entre o comando no paddle shift e a resposta na caixa de câmbio.

Mas fora isso, tudo é muito bem-feito e especialmente pensado para os amantes da condução. Afinal, trata-se de um modelo M, pensado para oferecer esportividade. Quem procura conforto, a variante híbrida plug-in pode ser mais adequada. Até porque as configurações do M50 são agressivas e o modelo avaliado, com rodas de 21 polegadas, tem uma rodagem bem seca.

Ainda assim, o isolamento acústico é bem eficiente na condução diária. Em relação à suspensão, é impossível não notar uma leve rolagem da carroceria, porém, dá muito trabalho chegar a um ponto dentro de uma curva em que se perca a confiança no carro. O trabalho da suspensão e da eletrônica para controlar a tração é muito bom. Em suma: o X5 M50 tem um equilíbrio ideal entre manuseio envolvente, mas também conforto suficiente para ser usado em qualquer situação.

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