Árvore-símbolo da cultura africana é destruída na Unicamp e reitoria promete câmeras e investigação: ‘Extrema crueldade e covardia’


Baobá plantado em 2019, durante feira afro-brasileira na universidade, foi vandalizado, segundo a administração da universidade. Foto de baobá sendo plantado na Unicamp em 2019
Antoninho Perri
A reitoria da Unicamp prometeu, nesta sexta-feira (26), adotar medidas após a destruição de um baobá plantado em 2019 na Praça da Paz, no campus de Campinas (SP). A administração da universidade afirmou que vai investigar o caso e instalar câmeras no local.
Árvore-símbolo da cultura africana, o baobá foi plantado durante a feira chamada Unicamp Afro e já havia sofrido vandalismo antes. Na primeira ocasião, o movimento negro da universidade fez a restauração e manteve a árvore viva. Desta vez, não houve salvação.
“A árvore, símbolo da ancestralidade e da resistência da comunidade negra, foi arrancada e vandalizada, em um ato de extrema crueldade e covardia, ocorrido na calada da noite”, afirmou a reitoria.
Em nota, a reitoria também informou que “fará todo o possível para descobrir a identidade do(s) autor(es) desse ato de vandalismo, bem como tomará as providências cabíveis no caso”.
Nova muda
A universidade disse que uma nova árvore deve ser plantada e “cercada de toda segurança e cuidado, como merecem ser tratadas a memória e a resistência da comunidade negra no campus”.
“Para isso, a Universidade, entre outras medidas, instalará um sistema de vigilância com câmeras na Praça da Paz”, completou.
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