Influenciador é investigado no caso do ‘jogo do tigrinho’

O influenciador Ruyter Poubel, de 27 anos, está sendo investigado pela Polícia Civil em uma operação que combate crimes relacionados a plataformas online, como o ‘jogo do tigrinho‘, cassinos e apostas virtuais. Com mais de 20 milhões de seguidores nas redes sociais, ele ostenta mansões e carros de luxo, mas já afirmou ter vendido cachorro-quente no passado para sobreviver.

Segundo a polícia, ele teria lucrado com cursos que ensinavam a jogar em plataformas digitais e recebia comissões sobre as perdas dos seguidores. A investigação aponta que Ruyter e outro influenciador, Jonathan Martins Pacheco, criaram suas próprias casas de apostas e usaram empresas em nome de terceiros para realizar transações financeiras suspeitas.

Como funcionava o esquema do ‘jogo do tigrinho’

De acordo com as autoridades, os sites investigados escondiam links que levavam a jogos de azar disfarçados de apostas esportivas. Esses jogos, como o ‘jogo do tigrinho’, são viciantes e levam as vítimas a perderem dinheiro rapidamente.

A operação, chamada Faketech, foi realizada na última sexta-feira (27) e contou com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Entre os locais, estavam imóveis ligados a Ruyter e a Jonathan.

Ainda conforme a polícia, o dinheiro ostentado pelo influenciador vem das perdas dos jogadores enganados. No site Reclame Aqui, as empresas investigadas somam mais de sete mil queixas.

Ruyter Poubel é suspeito de envolvimento em estelionato eletrônico, lavagem de dinheiro e promoção de jogos de azar. Ele não retornou o contato da imprensa até o momento.