Salário mínimo de 2025 será R$ 106 maior que o de 2024. Saiba o valor

O salário mínimo de 2025 deverá ser de R$ 1.518 mensais, um valor R$ 106 maior do que o vigente neste ano, de R$ 1.412. O reajuste corresponde a um acréscimo de 7,5%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que estabelece mudanças no reajuste real do salário mínimo. O texto faz parte do pacote de corte de gastos apresentado pela equipe econômica do governo e aprovado no Congresso. Agora, falta Lula editar, até o dia 31 de dezembro, um decreto estipulando o valor do piso que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro.

A nova regra sancionada prevê que o crescimento real — acima da inflação — do salário mínimo fique limitado ao teto do arcabouço fiscal, de 2,5%. A medida vale para os reajustes entre 2025 e 2030.

Salário mínimo seria maior

Em 2023, Lula instituiu a política de valorização do salário mínimo, segundo a qual o cálculo se baseava em um índice que combinava a inflação do ano anterior e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de toda a riqueza produzida no país — de dois anos anteriores, a partir de 1º de janeiro. A regra não previa percentual mínimo ou máximo para o reajuste.

Para 2025, portanto, seria considerado o PIB de 2023, cujo valor revisado ficou em 3,2% — acima, portanto, do teto do arcabouço fiscal (2,5%).

A fórmula de cálculo usava a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice ficou em 4,84% no acumulado de 12 meses até novembro.

Por essa regra, o valor final do salário mínimo no próximo ano seria de R$ 1.528, um aumento de 8,2% em relação ao piso deste ano. O reajuste corresponderia ao acréscimo de R$ 116 ao mês. Ou seja, com a revisão da regra, haverá uma perda de R$ 10 no valor mensal.

Referência

Segundo nota técnica de janeiro de 2024 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 59,3 milhões de pessoas no país têm rendimentos referenciados no salário mínimo.

O reajuste do mínimo não altera apenas os vencimentos de quem recebe o piso nacional, mas também implica o reajuste de diversos benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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