25 anos foragido: conheça o assassino procurado há mais tempo no DF

Era início de julho de 1999 quando os autos de um novo caso de homicídio no Distrito Federal chegaram até a 14ª Delegacia de Polícia (Gama). Parecia um caso simples e as investigações avançaram rápido, até Francisco Edson Pereira ser apontado como autor do crime.

O nome dele continuou sendo mencionado, incluindo em um mandado de prisão preventiva emitido pelo Tribunal do Júri e Vara dos Delitos de Trânsito do Gama em 2000, mas ele nunca foi encontrado por nenhuma autoridade da Justiça do DF.

Vinte e cinco anos depois, a decisão judicial contra ele segue aberta. Com isso, Francisco é a pessoa procurada há mais tempo no Distrito Federal. As informações podem ser consultadas no Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP), administrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O caso aconteceu na Q10, Gama. Na época do assassinato, o homem trabalhava como repositor de um supermercado da região. Ele nasceu na cidade de Tianguá, no interior do Ceará, e teria 52 anos atualmente.

O cearense foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por homicídio qualificado mediante motivo torpe no começo de 2000. A acusação foi aceita sete dias depois. Como nunca foi encontrado, Francisco não passou por um julgamento e nunca foi oficialmente condenado pelo assassinato.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) até expediu ofícios para diversos órgãos e instituições solicitando o endereço do homem. Apenas o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e o Serasa dispunham das informações requeridas, no entanto, ele não foi localizado nos endereços fornecidos.

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Trecho de mandado de prisão preventiva

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Em 2014, o tribunal determinou a suspensão do processo e do prazo prescricional já que o réu não compareceu e nem constituiu advogado. “Por outro lado, considerando já se passaram 14 anos desde a data dos fatos, entendo prudente nova oitiva antecipada das testemunhas indicadas na denúncia, a fim de evitar que a prova oral reste prejudicada em definitivo”, apontava de decisão de 10 atrás.

Os autos físicos foram transferidos para o sistema eletrônico do TJDFT e, anualmente, o juiz responsável pelo caso emite um pedido para que as diligências de praxe para a localização do acusado sejam realizadas. No entanto, as informações sobre o antigo repositor de supermercado seguem um mistério.

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