Quais os sintomas do câncer de próstata, que matou Ney Latorraca


As chances de desenvolver câncer de próstata aumentam significativamente com a idade, sendo casos em homens com menos de 50 anos bastante raros. Ator Ney Latorraca faleceu aos 80 anos nesta quinta-feira (26).
Tânia Rego/ Agência Brasil via BBC
O ator Ney Latorraca faleceu aos 80 anos na manhã desta quinta-feira (26/12), na Clínica São Vicente, localizada na Gávea, no Rio de Janeiro.
Desde 2019, ele lutava contra um câncer de próstata, e a causa de sua morte foi sepse pulmonar, uma infecção grave nos pulmões que pode levar à falência de múltiplos órgãos devido à resposta descontrolada do corpo à infecção, agravada pelo estado debilitado de saúde em decorrência do câncer.
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Após o primeiro diagnóstico, o ator foi submetido a uma cirurgia para a remoção da próstata. No entanto, a doença retornou em agosto deste ano, já em estágio metastático. Embora tenha iniciado um novo tratamento, os resultados não foram bem-sucedidos.
Latorraca teve seus primeiros trabalhos de atuação aos seis anos de idade e somou mais de 50 trabalhos na TV entre novelas, séries e programas, além de 20 filmes e inúmeras peças de teatro.
Quais os sintomas do câncer de próstata
O câncer de próstata é um tumor que acomete a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e ao redor da uretra, canal que conecta a bexiga ao exterior do corpo.
É um dos tipos de câncer mais frequentes entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele.
Na maioria dos casos, o tumor cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida.
Em outros pode crescer rapidamente e se espalhar para outros órgãos, o efeito é conhecido como metástase.
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quando a doença manifesta sinais, os mais comuns são:
Dificuldade de urinar;
Demora em começar e terminar de urinar;
Sangue na urina;
Diminuição do jato de urina;
Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
As chances de desenvolver câncer de próstata aumentam significativamente com a idade, sendo bastante raros os casos em homens com menos de 50 anos.
O risco é ligeiramente maior para aqueles que têm histórico familiar da doença, como pai ou irmão diagnosticados com câncer de próstata.
Além disso, a condição é mais prevalente em homens negros, que apresentam maior incidência e, frequentemente, formas mais agressivas da doença.
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Como o câncer de próstata é diagnosticado
Alguns especialistas são contra a realização de exames de rotina em homens sem sintomas porque, em alguns casos, o diagnóstico precoce pode levar a tratamentos desnecessários para tumores de evolução lenta que não causariam problemas durante a vida do paciente, expondo-o a riscos como efeitos colaterais físicos e emocionais.
Outros especialistas são a favor dos exames de rotina, argumentando que o diagnóstico precoce pode identificar casos de câncer de próstata em estágios iniciais, aumentando as chances de um tratamento mais eficaz e reduzindo o risco de complicações graves ou morte.
Não existe um teste único para detectar a doença, e os médicos fazem um diagnóstico com base em vários fatores.
Isso pode incluir um exame de sangue do antígeno específico da próstata (PSA), um exame de toque retal (para checar o tamanho da próstata), um exame de ressonância magnética e uma biópsia, que envolve a coleta de uma pequena amostra de tecido para ser examinado no laboratório.
Mas os resultados dos testes de PSA podem não ser confiáveis. Um PSA alto nem sempre significa câncer.
Como é o tratamento
O tratamento do câncer de próstata varia conforme o estágio da doença e as condições clínicas do paciente, podendo incluir uma ou várias modalidades que, em alguns casos, são combinadas.
A cirurgia é uma das abordagens principais, podendo ser utilizada isoladamente ou em conjunto com radioterapia e terapia hormonal.
Nos casos em que o câncer está localizado apenas na próstata, as opções incluem cirurgia oncológica, radioterapia ou observação vigilante, indicada para situações específicas em que o tumor apresenta crescimento lento e assintomático.
Em estágios iniciais, quando o câncer não causa sintomas ou evolui de forma lenta, pode ser adotada a estratégia de “observar e esperar”.
Para casos de metástase, em que o câncer já se espalhou para outros órgãos, a radioterapia é frequentemente combinada com tratamento hormonal e cuidados paliativos para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Outras abordagens, como crioterapia (uso de frio extremo) e ultrassom focalizado de alta intensidade, também podem ser empregadas para destruir células cancerígenas.
A escolha do tratamento é feita de forma individualizada por um médico especializado, considerando os riscos, benefícios e resultados esperados para cada paciente.
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