Egípcio que mora em Sorocaba há seis anos celebra Natal e fala sobre acolhimento: ‘Me sinto em casa’


Mohsen Saleh Shafei, de 36 anos, compartilhou com o g1 o sentimento de poder comemorar a data longe de seu país, onde o Natal é celebrado no dia 6 de janeiro. Mohsen Saleh Shafei no local onde é conhecido como “Vale dos Reis”, no Egito
Arquivo pessoal
Mesmo com costumes e crenças diferentes, Mohsen Saleh Shafei, de 36 anos, encontrou em Sorocaba (SP) um ambiente acolhedor para celebrar o Natal. O egípcio vive na cidade há seis anos e compartilhou com o g1 o sentimento de poder comemorar a data longe de seu país.
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Em 2018, Mohsen chegou ao Brasil e escolheu Sorocaba para viver. Abriu uma agência de viagens na cidade, fez amigos e construiu uma família. Ao g1, o praticante do islamismo conta que celebra o Natal juntamente com um grupo de amigos cristãos, e que isso reforça sua “crença de união entre os povos”.
Primeira foto do casal quando vieram para Sorocaba em outubro de 2018
Arquivo pessoal
“No Islã, acreditamos em todos os profetas, ente eles, Jesus e, principalmente, Maomé. A convivência entre muçulmanos e cristãos no Egito sempre foi de muito respeito e celebração. Por isso, o Natal é tão especial para mim, tanto aqui quanto no meu país. É uma oportunidade de compartilhar alegria e fortalecer os laços entre as pessoas, independentemente de suas crenças”, comenta.
No Egito, o Natal é comemorado no dia 6 de janeiro, com diversos eventos, desde missas a concertos de música, desfiles e mercados festivos. Uma das maiores celebrações é a Missa da Véspera de Natal, que é realizada na Catedral de São Marcos, no Cairo.
O egipcio Mohsen Saleh Shafei em uma de suas visitas na necrópole onde há tumbas de diversos faraós
Arquivo pessoal
Em Sorocaba, a celebração para Mohsen é antecipada para o dia 25 de dezembro, mas, para ele, o significado de ambas é o mesmo. “É união, alegria e respeito. Celebro com meus amigos cristãos, como fazia no Egito, e isso faz eu me sentir em casa”, conta.
Para Mohsen, o sentimento de acolhimento dos sorocabanos e a oportunidade de viver essa integração entre povos torna o Natal ainda mais especial.
“É emocionante ver como as pessoas aqui estão abertas a conhecer outras culturas e tradições. Isso reforça o quanto somos, de fato, um só povo”, diz.
*Colaborou sob supervisão de Júlia Martins
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