Cuidados importantes com alimentação e ingestão de água dos pets

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Segundo dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, 2023 foi o ano mais quente já registrado nos últimos 100 anos, chegando a marcar até 2°C acima do nível pré-industrial (1850 a 1900). Para 2024, as temperaturas devem se manter elevadas, o que coloca o mundo em risco.
A informação representa um sinal de alerta para os tutores de pets, que devem ficar atentos ao comportamento dos seus animaizinhos e redobrar alguns cuidados quando o assunto é a alimentação e hidratação, levando em conta as particularidades dos cães e dos gatos.
Os cães regulam a temperatura de seu corpo por meio da ofegação, o que faz com que percam uma considerável quantidade de água. Por isso, seu consumo hídrico deve ser maior nos dias mais quentes.
Os gatos são descendentes de animais que viviam no deserto e, como reflexo, ainda hoje bebem pouca água voluntariamente, mesmo no calor. Por isso, os felinos necessitam de estímulo constante para maior ingestão hídrica — uma dica é utilizar fontes de água e oferecer alimentos úmidos, como sachê.
Além disso, o cuidado deve ser ainda maior em relação à conservação do alimento, tanto o armazenado quanto o que ficará disponível no comedouro, pois nesta época do ano, além da alta temperatura e umidade, ocorre maior proliferação de insetos transmissores de doenças, como moscas, formigas e baratas, e outras pragas que contaminam os alimentos e que são atraídos pela ração.
A zootecnista Lívea Maria Gomes atua na capacitação técnica de nutrição de cães e gatos na Adimax. Ela reforça os principais cuidados com os pets no calor. Seguindo as próximas dicas o tutor proporcionará saúde, bem-estar e maior qualidade de vida ao seu pet!
Mantenha o bebedouro e o comedouro em ambiente tranquilo, fresco, livre da luz solar direta e da possibilidade de pegar chuva. Os bebedouros devem estar distantes do comedouro e da liteira (caixa de areia).
Tenha mais de um bebedouro espalhado pela casa, tanto para os cães quanto para os gatos, pois isso estimula a ingestão de água. Se possível, tenha bebedouros de vários materiais (inox, vidro ou cerâmica, que têm fácil higienização).
O bebedouro ideal para os gatos deve ser largo e raso, com água até a borda, já que eles não gostam de encostar as vibrissas (bigode) no recipiente. Já os bebedouros dos cães devem ter a largura do crânio e, no caso de animais com orelhas compridas, os bebedouros mais estreitos evitam que elas molhem.
Quando possível, prefira fontes de água corrente (principalmente para gatos), pois eles dão preferência por água fresca e em movimento, estimulando o consumo.
Lave e troque a água do bebedouro do animal pelo menos uma vez ao dia. Isso é muito importante, pois no verão as bactérias se proliferam com maior facilidade. Podem ser adicionadas pedras de gelo no bebedouro.
A água fornecida deve ser tratada, limpa e potável. Evite o acesso do animal a fontes de água não ideais para o consumo – aquário, poças, rios e lagos. Gere um reforço positivo, oferecendo carinho sempre que o pet beber um pouco de água.
Procure reorganizar os horários de alimentação para os períodos mais frescos do dia (manhã e noite). Se viajar, leve a alimentação que seu pet já está acostumado e nunca faça trocas bruscas.
Evite deixar sobras de alimentos no comedouro para não atrair pragas urbanas, como insetos e ratos, e também para que o alimento não se deteriore pela exposição prolongada. Além disso, a exposição longa promove perda do aroma, crocância e sabor, diminuindo a aceitação.
Adicione alimentos úmidos na dieta, como os sachês, que colaboram para a ingestão hídrica. Eles podem ser fornecidos misturados ao alimento seco, como petisco, ou ainda misturados com água e colocados em formas de gelo, e oferecidos ao pet como “sorvete”. O alimento úmido não deve ficar exposto no comedouro por mais de 30 minutos e as sobras devem ser descartadas.
Sempre que sair para passeios mais longos ou se o pet for te acompanhar na rotina, jamais esqueça de levar seu bebedouro e uma garrafinha com água para ir oferecendo.
Na loja, verifique se a embalagem do alimento a ser adquirido não apresenta pequenos furos ou até pequenos rasgos, que podem ter sido porta de entrada para pragas. Também observe se nas dobras da embalagem não existem pequenos pontos brancos ou “teias” que podem indicar contaminação do alimento.
Em casa, se optar por manter o produto na embalagem original, garanta que estará bem fechada e vedada, longe do chão e de paredes. Se for utilizar um recipiente para guardar, ele deve ser bem vedado, limpo, seco e proteger o alimento da luz. Independentemente da escolha, o alimento deve ser sempre guardado em ambiente seco, ao abrigo da luz e longe de produtos químicos.
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