DF tem 5.811 indígenas em seu território. Veja perfil desta população

Pessoas do sexo feminino são maioria entre os indígenas moradores do Distrito Federal. É o que apontam os resultados do Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa quinta-feira (19/12).

O total de indígenas no DF é de 5.811 pessoas, o que corresponde a 0,2% da população da capital do país. Deste total, 3.115 pessoas são do sexo feminino, e 2.696, do sexo masculino.

Dos 5,8 mil indígenas no DF, 5.337 vivem em regiões urbanas, e 474 em situação rural.

Em locais urbanos, as mulheres são maioria. São 2.889 pessoas do sexo feminino e 2.448 do masculino. Já em contexto rural, os homens têm leve maioria, sendo 248 contra 226 mulheres.

Índice de envelhecimento

Em 2022, a população indígena do DF apresentou um índice de envelhecimento de 123,5, indicando que havia 123 indígenas de 60 anos ou mais para cada 100 pessoas indígenas de idade até 14 anos, ou seja, mais idosos do que crianças.

O índice de envelhecimento é um indicador que relaciona dois grupos de idade extremas. Neste caso, foram confrontadas pessoas de 60 anos ou mais contra adolescentes até 14 anos, recorte que alinha a porcentagem com o Estatuto da Pessoa Idosa.

Cai registro de crianças

O número de crianças indígenas de até 5 anos com registro civil de nascimento em cartório caiu no Distrito Federal, de acordo com divulgação do Censo em agosto deste ano.

Em 2022, 257 crianças indígenas de até 5 anos moravam no Distrito Federal – 89,9% das quais foram registradas em cartório. Contudo, a taxa é menor do que a verificada em 2010, quando o resultado era de 95,7%.

Famílias de crianças indígenas têm duas opções para obter certidões: por meio do Registro Civil de Nascimento (RCN), que também vale para pessoas brancas, pretas, amarelas e pardas; e o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani), exclusivo para indígenas que não têm o documento.

Na contramão dos resultados em cartório, das 257 crianças indígenas de até 5 anos habitantes do DF em 2022, 8,6% delas tinham o Rani, emitido pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Em 2010, a taxa era de apenas 0,7%.

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