Mulher trans é assassinada dentro de cela em presídio da Papuda

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o assassinato de uma mulher trans que cumpria pena no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), no Complexo Penitenciário da Papuda, nesta terça-feira (17/12). Com a morte, pelo menos cinco homicídios foram registrados por trás do muros da Papuda.

A coluna apurou que a presa foi executada dentro da cela e que policiais penais foram acionados. Quando chegaram à ala, a trans, identificada como Rafaela Lorena, já estava sem sinais vitais. Os detalhes de como o homicídio ocorreu não foram revelados.

A vítima chegou a passar uma temporada no Presídio Feminino, no Gama, e no Centro de Detenção Provisória (CDP).

Mortes no sistema

O começo deste ano foi marcado por mortes violentas no sistema penitenciário, boa parte delas em decorrência de espancamentos. Fabrício Martins de Oliveira, morto aos 31 anos, e André da Silva Lopes, aos 26 anos, foram linchados e assassinados por outros custodiados.

O primeiro veio a óbito depois de levar um “mata-leão”, na noite de 24 de janeiro, e André sofreu morte cerebral, em 20 de janeiro, após ter a cabeça esmagada por um lutador de MMA com 40 socos. Já o detento Adriel Carvalho da Silva morreu aos 37 anos, após ser brutalmente espancado por um companheiro de cela na PDF II, na tarde de 14 de fevereiro.

Os policiais retiraram Adriel da cela e solicitaram o atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Os militares chegaram ao local por volta das 19h50 e encaminharam a vítima ao Hospital de Base de Brasília (HBB), onde permaneceu internado, mas não resistiu.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) foi acionada para comentar sobre a morte da detenta. No entanto, a pasta não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestações.

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