Diretoras de creche são presas por suspeita de torturar crianças em Serafina Corrêa

Crimes teriam sido cometidos entre 2022 e 2024. Famílias contam que alunos chegavam em casa com ferimentos pelo corpo e se queixavam de castigos. A Polícia Civil prendeu preventivamente, na quinta-feira (25), duas diretoras de uma escola de educação infantil em Serafina Corrêa, na Serra do Rio Grande do Sul, por suspeita de maus-tratos e tortura contra alunos. As crianças tinham entre 7 meses e 4 anos de idade quando os crimes aconteceram entre 2022 e 2024. A instituição é particular.
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As identidades das mulheres presas e da creche não foram divulgadas pela polícia porque isso poderia expor as crianças. O g1 tentou contato com a instituição por telefone e pela internet na manhã desta sexta-feira (26), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O local estava fechado nesta manhã.
A secretária municipal de Educação, Fernanda Tapparo, conta que o Executivo Municipal tomou conhecimento do caso na ocasião das prisões das diretoras e que nenhuma denúncia havia chegado à prefeitura até então. Além disso, afirma estava com todos os alvarás em dia.
“Neste momento, fazemos o acompanhamento do caso e trabalhamos para garantir vagas para as crianças que frequentavam a escola”, conta a secretária Fernanda.
Os conselhos Municipal de Educação e Tutelar também afirmam que não receberam denúncias a respeito do caso e devem avaliar medidas a serem adotadas para acolhimento das crianças e de suas famílias, além de ações contra a instituição.
Investigação policial
De acordo com a Polícia Civil, a tia de uma das crianças denunciou que a sobrinha, que tem 2 anos, vinha chegando em casa na última semana com ferimentos pelo corpo que ela suspeita que teriam sido causados por mordidas. A família tentava conversar com ela, mas a menina sempre permanecia calada, até que, nesta semana, cedeu e indicou uma das mulheres presas como a responsável pelas agressões.
Já a mãe de outra criança contou que a filha sofria castigos, como ser trancada dentro do box de um dos banheiros com a luz apagada, sendo deixada no escuro por mais de uma hora, além de agressões físicas.
Outros pais também teriam buscado a Polícia Civil para denunciar casos de maus-tratos que seus filhos teriam sofrido na instituição de ensino.
As duas presas foram encaminhadas ao Presídio Estadual de Guaporé após serem autuadas na delegacia de polícia.
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