Covid longa: 28,8% dos brasileiros infectados ainda sentem sintomas

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (18/12) os dados da pesquisa Epicovid 2.0 – maior estudo sobre Covid já realizado no país. O trabalho aponta que 28% da população, o equivalente a 60 milhões de pessoas, foram infectados pelo vírus Sars-CoV-2 durante a pandemia global. Entre os infectados, 28,8% dizem sentir sintomas da doença até hoje.

O estudo indicou que embora 90,2% dos brasileiros tenham tomado ao menos uma dose de vacina contra a Covid-19, apenas 57,6% dos entrevistadas pelo Ministério da Saúde afirmaram que confiavam na vacina. Os que não confiavam no imunizante foram 27,3% da população e os que afirmaram que eram indiferentes eram 15,1%.

Ainda sobre a vacinação, 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A imunização foi maior entre os idosos, as mulheres e as pessoas com maior escolaridade e renda. Na região Sudeste, a proporção de vacinados também foi maior.

Para a investigação, 33,2 mil pessoas foram entrevistadas em 133 municípios brasileiros. As entrevistas ocorreram na casa das pessoas.

“Possivelmente, este é o maior estudo já feito sobre a Covid no mundo e é muito importante para nós consolidarmos todos estes dados”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A investigação revelou que 15% das famílias enfrentaram alguma morte por Covid durante a pandemia, 21,5% das crianças tiveram que interromper os estudos e 34,9% perderam o emprego. Quase 50% tiveram redução na renda durante a emergência mundial de saúde.

“Todos os impactos, exceto morte familiar, afetaram mais as pessoas pobres. Essa pandemia afetou mais as pessoas que já tinham menor acesso à saúde e às oportunidades econômicas”, afirma o pesquisador Pedro Hallal, líder da pesquisa.

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção

No Brasil, o recente aumento de casos de Covid-19 indica que estamos entrando em uma quarta onda da doença, especialmente devido à circulação de subvariantes mais transmissíveis da Ômicron
Alguns dos principais sintomas da Covid-19 em vacinados são: tosse, coriza e congestão nasal, fadiga e letargia, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, febre e espirros
Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), os infectados são, em sua maioria, jovens. Além disso, segundo epidemiologistas da instituição, os casos não estão gerando hospitalizações, mas devem ser acompanhados
A indicação continua sendo a mesma: ao apresentar alguns dos sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para realizar o teste da doença. Outra opção é recorrer ao autoteste da Covid, que pode ser encontrado em farmácias. Em caso de resultado positivo, manter o isolamento
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Mesmo em países com alta taxa de imunização, os vacinados podem ser infectados pela Covid-19. Apesar do que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionam

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção

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No Brasil, o recente aumento de casos de Covid-19 indica que estamos entrando em uma quarta onda da doença, especialmente devido à circulação de subvariantes mais transmissíveis da Ômicron

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Alguns dos principais sintomas da Covid-19 em vacinados são: tosse, coriza e congestão nasal, fadiga e letargia, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, febre e espirros

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Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), os infectados são, em sua maioria, jovens. Além disso, segundo epidemiologistas da instituição, os casos não estão gerando hospitalizações, mas devem ser acompanhados

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A indicação continua sendo a mesma: ao apresentar alguns dos sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para realizar o teste da doença. Outra opção é recorrer ao autoteste da Covid, que pode ser encontrado em farmácias. Em caso de resultado positivo, manter o isolamento

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O autoteste é um exame rápido de antígeno que pode ser feito pela própria pessoa por meio da coleta do material no nariz com cotonete. O resultado sai de 15 a 20 minutos e é indicado para quem está apresentando os primeiros sintomas da doença

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Covid longa

No Brasil, 18,9% relataram sintomas de Covid longa. Entre as pessoas que tiveram Covid, 28,8% dizem sentir sintomas até hoje, sejam recorrentes ou sazonais, 36,4% tiveram sequelas da doença e 34,9% não tiveram Covid longa.

A maioria das pessoas que manifestaram sintomas de Covid longa foram mulheres e indígenas. Entre os sintomas mais persistentes estão ansiedade (33,1%), cansaço (25,9%), dificuldade de concentração (16,9%) e perda de memória (12,7%).

O estudo brasileiro será publicado nas próximas semanas no International Journal of Infectious Diseases.

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