SC é vice-líder entre estados com mais polos internacionais; madeira e móveis lideram ranking

A indústria catarinense tem 14 polos internacionais, que contemplam sete segmentos. O estudo do Observatório Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) revela que o setor de madeira e móveis tem a maior inserção no exterior, com cinco polos em diferentes regiões de SC: Norte, Vale do Itajaí, Sul Catarinense, Oeste Catarinense e Serrana.

Cinco das seis mesorregiões de SC contam com polos internacionais de madeira e móveis – Foto: Divulgação/Freepik/ND

No geral, Santa Catarina possui 14 polos internacionais, empatando com Paraná e Rio Grande do Sul e está atrás apenas de São Paulo. O levantamento, realizado em colaboração com a Rede de Observatórios do Sistema Indústria e a Confederação Nacional da Indústria, se baseia em dados de 2021.

Além do segmento de madeira e móveis, os setores catarinenses com destaque internacional são papel e celulose; veículos, embarcações e aeronaves; máquinas e equipamentos; equipamentos elétricos; alimentos e bebidas; e minerais não metálicos.

O Norte Catarinense é destaque com a exportação de motores elétricos – Foto: Divulgação/ND

Segundo o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, as extensas áreas de florestas na região serrana impulsionaram o crescimento da indústria madeireira, enquanto no Sul do estado, as reservas de carvão mineral e argila propiciaram o surgimento das indústrias carbonífera e cerâmica.

“Esses recursos naturais não apenas forneceram matérias-primas essenciais, mas também definem a localização de muitos polos industriais. Com o tempo, essa base se expandiu e diversificou, com investimentos privados sendo decisivos no crescimento de outros setores”, explica.

Segundo a Fiesc, os produtos catarinenses têm conquistado mercados exigentes como os Estados Unidos – Foto: Eduardo Valente/SECOM/Divulgação/ND

O Norte Catarinense lidera entre as seis mesorregiões do estado, com quatro polos. A movimentação no mercado internacional totalizou US$ 1,9 bilhão (cerca de R$ 11,57 bilhões), o que corresponde a 38% do volume nacional.

O setor de equipamentos elétricos é um dos destaques da Norte Catarinense. Em 2021, a indústria exportou US$ 854,4 milhões (aproximadamente R$ 5,2 bilhões), tendo os motores elétricos como principal produto.

Conheça os polos internacionais por regiões de Santa Catarina

O polo de alimentos e bebidas se sobressai no Oeste Catarinense, vinculado à cadeia agroindustrial de abate de aves e suínos – Foto: Reprodução/Fiesc/Eduardo Marques/ND

Norte Catarinense: 4 polos internacionais

• Papel e celulose
• Máquinas e equipamentos
• Equipamentos elétricos
• Madeira e móveis

Vale do Itajaí: 2 polos internacionais

• Veículos, embarcações e aeronaves
• Madeira e móveis

Sul Catarinense: 2 polos internacionais

• Minerais não metálicos
• Madeira e móveis

Oeste Catarinense: 2 polos internacionais

• Madeira e móveis
• Alimentos e bebidas

Grande Florianópolis: 2 polos internacionais

• Veículos, embarcações e aeronaves
• Minerais não-metálicos

Serrana: 2 polos internacionais

• Papel e celulose
• Madeira e móveis

O que são polos industriais?

De acordo com a Fiesc, polos industriais são aglomerados empresariais territorialmente inseridos na economia, capazes de enfrentar a concorrência local, nacional ou internacional.

Eles se destacam pela criação e preservação de emprego e renda e estimulam os processos de aprendizagem coletiva, desenvolvimento tecnológico e crescimento econômico.

“Esse é um fator crucial para o desenvolvimento regional e o fortalecimento da competitividade industrial. Esses polos atuam como centros estratégicos de produção, inovação e capacitação, fomentando o crescimento de setores específicos e estimulando a economia local”, afirma o coordenador técnico do projeto pelo Observatório Fiesc, Marcelo Masera de Albuquerque.