Ministério Público da Bolívia pede prisão de Evo Morales por ‘tráfico’ de menor

A promotora Sandra Gutiérrez, do Ministério Público da Bolívia, informou nesta segunda-feira (16) que solicitou a prisão de Evo Morales, ex-presidente do país, devido ao suposto abuso de uma adolescente de 15 anos ocorrido em 2016. Consta nos autos que a jovem teve uma filha resultante do estupro e que Morales fez um acordo com os pais dela para evitar problemas.

Ministério Público da Bolívia pediu a prisão de Evo Morales – Foto: AFP/ND

Prisão de Evo Morales: polícia faz buscas

Segundo a AFP, o Ministério Público boliviano pediu a detenção pelo crime de “tráfico” de menor, após um suposto acordo com os pais de uma adolescente de 15 anos. Corresponde a “emitir um mandado de prisão, situação que minha autoridade já realizou”, afirmou a promotora Sandra Gutiérrez em coletiva de imprensa.

De acordo com o jornal boliviano El Deber, após a ordem de prisão, agentes da Polícia Nacional da Bolívia foram até um endereço em Villa Tunari, na região central do país, onde Evo Morales havia informado que morava. No entanto, ele não foi encontrado no local. A polícia segue realizando as buscas.

Villa Tunari fica em uma região de plantadores de coca na província de Chapare, onde há muitos apoiadores de Evo Morales. Segundo informou Gutiérrez ao El Deber, o ex-presidente boliviano buscou asilo na região e, com as buscas, há riscos de confrontos e resistência organizada no local.

Evo Morales é investigado por estupro de menor e tráfico de pessoas

Atual líder da oposição e ex-presidente da Bolívia, Evo Morales é investigado por estupro de vulnerável, de acordo com o ministro da Justiça boliviana, César Siles. Segundo a autoridade, a vítima tinha entre 15 e 16 à época do crime.

Em 2016, o então presidente teria se envolvido com uma menor de idade e tido uma filha com ela. Conforme a AFP, a vítima do estupro deu à luz a outra menina e a paternidade, reconhecida na certidão de nascimento, é de Evo Morales.

Em outubro, um pedido de prisão de Evo Moralesjá havia sido feito pela promotoria, mas uma juíza anulou após recurso da defesa do ex-presidente.